Publicado 2023-04-18
Palabras clave
- biopolítica,
- desarrollo,
- ideología,
- economía,
- violencia
Derechos de autor 2023 Krishna Schneider Treml, Jairo Marchesan, Sandro Luiz Bazzanella

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Cómo citar
Resumen
El objetivo de este artículo es comprender el control y la violencia ejercidos por el Estado a través de instrumentos jurídicos y la racionalidad de los dispositivos económico-políticos y sus implicaciones en el desarrollo regional. A partir de los escritos de Michael Foucault, Giorgio Agamben y Maurizio Lazzarato, es posible establecer una relación ambigua y compleja en la que el Estado -basado en mandatos legales y dispositivos económico-políticos- ejerce una violencia institucionalizada que no sólo determina conductas, sino que segrega individuos y poblaciones, produce amenazas constantes y asegura contratos e imposiciones financieras a comunidades y pueblos, bajo la obsesión del patrón desarrollista. Este modelo es tan ansioso que licúa el proyecto biopolítico y transforma la vida humana en mera vida biológica, especialmente en las poblaciones periféricas o excluidas social, cultural y económicamente. La violencia, ligada a la ley y a este proceso, contamina todas las instituciones, proyectos y mandatos, incluso el "desarrollo", en sus diversas adjetivaciones, preservando y (re)produciendo vidas descalificadas.
Descargas
Referencias
- AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. 2. ed. Trad. Iraci D. Poleti. São Paulo: Boitempo, 2004.
- AGAMBEN, Giorgio. Meios sem fim: notas sobre a política. Trad. Davi Pessoa. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015b.
- AGAMBEN, Giorgio. O Aberto. O homem e o animal. 2. ed. Trad. Pedro Mendes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.
- AGAMBEN, Giorgio. O poder soberano e a vida nua I. 2. ed. Trad. Henrique Burigo. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
- AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Trad. Vinicius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009.
- AGAMBEN, Giorgio. O que é um dispositivo. Outra travessia, Florianópolis, n. 5, 2005. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/Outra/article/view/12576. Acesso em: 10 jan. 2022.
- AGAMBEN, Giorgio. O reino e a glória: uma genealogia teológica da economia e do governo: Homo Sacer II. Trad. Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2011.
- AGAMBEN, Giorgio. Stasis, a guerra civil como paradigma político (Homo Sacer II, 2). Tradução de OLIVEIRA, M V. X. In: DANNER, M. V. X. (Orgs.). Filosofia do direito e contemporaneidade. Porto Alegre: Fi, 2015a.
- ANTONELLA, Corsani; LAZZARATO, Maurizio. Intermittents et précaires. Paris: Éditions Amsterdam, 2008.
- ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
- BAZZANELLA, Sandro Luiz; ASSMAN, Selvino José. A vida como potência a partir de Nietzsche e Agamben. São Paulo: LiberArs, 2013.
- BAZZANELLA, Sandro Luiz; GODOI, Cintia Neves; MARCHESAN, Jairo; TOMPOROSKI, Alexandre Assis. Desenvolvimento: conceito ou ideologia? Desenvolvimento em Debate, v. 10, n. 1, pp. 57-79, jan.-abr. 2022.
- BRASIL. Presidência da República. Secretaria-Geral Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei Nº 13.105, de 16 de março de 2015. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%2013.105%2C%20DE%2016%20DE%20MAR%C3%87O%20DE%202015.&text=C%C3%B3digo%20de%20Processo%20Civil.&text=Art.%201%C2%BA%20O%20processo%20civil,se%20as%20disposi%C3%A7%C3%B5es%20deste%20C%C3%B3digo.
- BRASIL. Presidência da República. Secretaria-Geral Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto Nº 9.810, de 30 de maio de 2019. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Regional. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/d9810.htm. Acesso em: 18 ago. 2022.
- DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. Trad. Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2016.
- DOWBOR, Ladislau. A era do capital improdutivo: por que oito famílias têm mais riqueza do que a metade da população do mundo? São Paulo: Autonomia Literária, 2017.
- FOUCAULT, Michel. A sociedade punitiva: curso no College de France (1972-1973). Trad. Ivone C. Benedetti. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2015.
- FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica: curso no College de France (1978-1979). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
- FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. Lígia M. Pondé Vassallo. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 1989.
- KAFKA, Franz. O processo. Trad. Modesto Carone. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
- KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Trad. João Baptista Machado. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
- LAZZARATO, Maurizio. La fábrica del hombre endeudado: ensayo sobre la condición neoliberal. Trad. Horacio Pons. Buenos Aires: Amorrortu, 2013.
- LAZZARATO, Maurizio. O governo das desigualdades: crítica da insegurança neoliberal. Trad. Ana Bigotte Vieira et al. São Carlos: UFSCar, 2011.
- PICH, Santiago. Adolphe Quetelet e a biopolítica como teologia secularizada. História, Ciências, Saúde, v. 20, n. 3, pp. 849-864, jul.-set. 2013.