v. 4 n. 2 (2023): Dossiê - Corporeidades e subjetividades queer (jul/dez 2023)
Dossiê especial

Entre el exilio de Reinaldo Arenas y Néstor Perlongher

Ana Lilia Félix Pichardo
UFSC
Biografia

Publicado 09-02-2024

Palavras-chave

  • escritores queer,
  • exilados LGBTQ+,
  • literatura latino-americana,
  • sexo e revolução,
  • Reinaldo Arenas

Como Citar

FÉLIX PICHARDO, A. L. Entre el exilio de Reinaldo Arenas y Néstor Perlongher. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 4, n. 2, p. e48533, 2024. DOI: 10.53981/destroos.v4i2.48533. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48533. Acesso em: 9 nov. 2024.

Resumo

As trajetórias de Reinaldo Arenas e Néstor Pelongher são comparáveis sob diferentes perspectivas. Ambos foram exilados devido à perseguição em seus países por causa de sua identidade política e sexual, mas a recepção de cada um deles nos países de exílio e a recuperação contemporânea de suas figuras divergem amplamente. O estigma contra os escritores e intelectuais cubanos, que se exilaram por vários motivos após 1959, colocou-os em uma posição que os distanciou de seus pares sul-americanos. O ostracismo dentro da ilha foi reproduzido nos espaços políticos e culturais onde os exilados sul-americanos se reuniam. Faço uma comparação entre os exílios de Arenas e Perlongher, com base na análise de suas cartas pessoais, textos ensaísticos e literários, confrontando esses arquivos com fontes históricas que permitem ao leitor dimensionar a disputa que ambos os escritores sustentaram contra o poder do Estado. O objetivo é destacar também como as vicissitudes de ambos os escritores dentro dos movimentos de esquerda ou revolucionários estão relacionadas à sua identidade/orientação sexual. O confronto de Arenas é contra o poder simbólico da Revolução e seus apoiadores fora de Cuba. O distanciamento de Perlongher de uma certa esquerda revolucionária se desdobra em uma militância queer ou marica, o que lhe permite um enraizamento positivo no Brasil, enquanto Arenas está constantemente no limiar de não ser um comunista e tampouco um escritor proyankee.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

  1. ARENAS, Reinaldo; Abreu, Juan.; García Ramos, Reinaldo. Editorial. Mariel revista de literatura y arte, New York, v. 1, n. 2, p. 2, 1983.
  2. ARENAS, Reinaldo. Antes de que anochezca. España: Tusquets editores, 1996.
  3. ARENAS, Reinaldo. Comunicación personal a Reinaldo Arenas. Copy Right y consulta en: Special Collections, Princeton University Library, 1985.
  4. ARENAS, Reinaldo. El central. España: Seix Barral, 1981.
  5. ARENAS, Reinaldo. La isla en peso con todas sus cucarachas. Mariel revista de literatura y arte, New York, v. 2, pp. 20-24, 1983.
  6. ARENAS, Reinaldo. Libro de Arenas (Prosa dispersa, 1965-1990). Prólogo de Montenegro, N. & Santí, E.M. México: CONACULTA/DGE/Equilibrista, 2013.
  7. ARENAS, Reinaldo. Necesidad de libertad. México: Kosmos editorial, 1986.
  8. ARENAS, Reinaldo. Reinaldo Arenas azota a Europa: uma entrevista exclusiva con Reinaldo Arenas. Mariel, v. 1, n. 4, 1984, pp. 7-9.
  9. CASTRO, Fidel. Discurso pronunciado por el comandante em jefe Fidel Castro Ruz, primer secretario del comité central del partido comunista de Cuba y presidente de los consejos de Estado y ministros, en el acto conmemorativo del primero de mayo, efectuado en la plaza de la revolución “José Martí” el primero de mayo de 1980 “año del congreso”. La Habana: Versiones taquigráficas-Consejo de Estado. Plaza de la revolución “José Martí”, may. 1980. Disponible em: http://www.cuba.cu/gobierno/discursos/1980/esp/f010580e.html.
  10. CURI, Celso. Terrível perseguição. O lampião da esquina. Lampião, São Paulo, n. 0, abr. 1978. Ed. experimental, p. 8. Disponible em: https://www.grupodignidade.org.br/wp-content/uploads/2019/04/01-LAMPIAO-EDICAO-00-ABRIL-1978.pdf.
  11. FÉLIX PICHARDO, La formación intelectual de Efraín Huerta: un acercamiento a sus trabajos periodísticos desde la sociología literaria. 2016. Tesis (Licenciada en Letras) - Universidad Autónoma de Zacatecas, Zacatecas, México, 2016.
  12. FERNÁNDEZ GALEANO, Javier; QUEIROZ, Juan. Agosto de 1971. Nace el Frente de Liberación Homosexual de Argentina. Moléculas Malucas, 4 ago. 2021. Disponible en: https://www.moleculasmalucas.com/post/agosto-de-1971.
  13. FIN a la persecución de homosexuales cubanos. Mariel, New York, v. II, n. 4, 1984.
  14. FRANQUI, Carlos. Matriusca cubensis. Mariel revista de literatura y arte. Nueva York, v. 2, p. 24, 1983.
  15. GONZÁLEZ, José Eduardo. Appropriating Theory: Ángel Rama´s Critical work. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 2017. DOI: https://doi.org/10.2307/j.ctt1v2xtbf
  16. HAVANA. Dirección: Jana Boková. Londres: BBC, 1990.
  17. NASCIMENTO, Leonardo. Uma forca furiosamente barroca. Pernambuco, Brasil, n. 209, jul. 2023, pp. 24-27.
  18. PALMEIRO, Cecilia. Néstor vive, treinta años después. Cadernos Pagu, n. 66, pp. 02-15, 2022. Disponible em: http://dx.doi.org/10.1590/18094449202200660008. DOI: https://doi.org/10.1590/18094449202200660008
  19. PERLONGHER, Néstor. Un barroco de trinchrea. Prólogo de Osvaldo Baigorria. Buenos Aires: Mansalva, 2006.
  20. PRINCETON UNIVERSITY LIBRARY. Special Collection, New Jersey, Reinaldo Arenas collection. C0323_box25_folder14. 1985.
  21. QUEIROZ, Juan. La represión a los homosexuales en la Argentina. El informe de Néstor Perlongher y la Comisión por los Derechos de la Gente Gay. Moléculas Malucas, 19 oct. 2021. Disponible em: https://www.moleculasmalucas.com/post/la-represion-a-los-homosexuales-en-la-argentina.
  22. RAMA, Ángel. Soy un ciudadano de América Latina. "Jaque" Revista Semanario, Montevideo, v. II, n. 63, fev./mar. 1985. Disponible em: https://letras-uruguay.espaciolatino.com/aaa/de_cardenas_federico/angel_rama_soy_un_ciudadano_de_america_latina.htm.
  23. SIERRA MADERO, Abel. El cuerpo nunca olvida: trabajo forzado, hombre nuevo y memoria en Cuba (1959-2008). México: Rialta ediciones, 2022.
  24. TUCKER, Scott; GOUTISOLO, Juan; CIFUENTES, René et al. Experiencias/Los cubanos y el homosexualismo. Mariel, New York, v. II, n. 4, 1984.