v. 5 n. 1 (2024): Dossiê - Diferença, antagonismos e imanência: Deleuze, Guattari e outrxs esquizos (jan/jun 2024)
Dossiê especial

Por um modo de pesquisa subversivo e insurgente: fragmento de uma experiência cartográfica

PDF
Daniele de Andrade Ferrazza
Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá, PR, Brasil
Biografia
Mateus Alexandre Pratas Rezende
Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá, PR, Brasil
Biografia
DOI: https://doi.org/10.53981/destroos.v5i1.51720

Publicado 26-09-2024

Palavras-chave

  • produção de conhecimento,
  • cartografia,
  • rizoma,
  • “Mil Platôs”

Como Citar

FERRAZZA, D. de A.; REZENDE, M. A. P. Por um modo de pesquisa subversivo e insurgente: fragmento de uma experiência cartográfica. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. e51720, 2024. DOI: 10.53981/destroos.v5i1.51720. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/51720. Acesso em: 27 set. 2024.

Copyright (c) 2024 Daniele de Andrade Ferrazza, Mateus Alexandre Pratas Rezende

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Resumo

Na década de 1980 foi lançado o livro “Mil Platôs: esquizofrenia e capitalismo 2”, de autoria de Félix Guattari e Gilles Deleuze, trazendo contornos de um campo de saber diverso, preocupados com novas formas de pensar a multiplicidade da vida e os processos de subjetivação, tecendo críticas e inaugurando instrumentos que repercutem até os dias atuais no pensamento contemporâneo. Dentre as inquietações provocadas, a cartografia tem sido operacionalizada enquanto estratégia metodológica na produção de um saber rizomático. O presente artigo acompanha o fragmento de uma trajetória de pesquisa cartográfica que se realiza no âmbito de um equipamento de saúde pública e tem como objetivo coletivizar a experiência do pesquisar, buscando disparar novos encontros e defender um modo de pesquisa subversivo e insurgente.

PDF

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

  1. ALVAREZ, Johnny; PASSOS, Eduardo. Cartografar é habitar um território existencial. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V; ESCÓSSIA, L. (Org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. 1. ed. Porto Alegre: Sulina, 2020, pp. 131-149.
  2. BARROS, Laura Pozzana; KASTRUP, Virgínia. Cartografar é acompanhar processos. In: PASSOS, E; KASTRUP, V; ESCÓSSIA, L. (Org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. 1. ed. Porto Alegre: Sulina, 2020, pp. 52-75.
  3. BARROS, Regina. Benevides de; PASSOS, Eduardo. A cartografia como método de pesquisa-intervenção. In: PASSOS, E; KASTRUP, V; ESCÓSSIA, L. (Org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. 1. ed. Porto Alegre: Sulina, 2020, pp. 17-31.
  4. BERGSON, Henri. Matéria e memória. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
  5. BLAKE, William. O casamento do céu e do inferno & outros escritos. Seleção, tradução e apresentação de Alberto Marsicano. Porto Alegre: L&PM, 2007.
  6. CINTRA, Amanda Mendes Silva. et al. Cartografia nas pesquisas científicas: uma revisão integrativa. Fractal: Revista de Psicologia, v. 29, n. 1, pp. 45–53, jan. 2017. DOI: https://doi.org/10.22409/1984-0292/v29i1/1453
  7. DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Felix. Kafka: por uma literatura menor. Rio de Janeiro: Imago, 1997.
  8. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia 2, vol. 3. 2. ed. São Paulo: 34, 2012.
  9. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia 2, vol. 2. São Paulo: 34, 2011b.
  10. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia 2, vol. 1. São Paulo: 34, 2011a.
  11. ELNIÑO, Thiago. Pedagoginga. São Paulo: Correnteza, 2017. (4’56”). Disponível em: https://open.spotify.com/intl-pt/track/7zi1ks67s9YosUZ5DKztrB?si=a99946200d7b433c
  12. FOUCAULT, Michel. Ética, Sexualidade, Política. 2. ed. (Coleção Ditos e Escritos V). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.
  13. GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: LP&M, 2018.
  14. GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: Cartografias do desejo. Rio de Janeiro: Vozes, [1986] 2011.
  15. KASTRUP, Virgínia. O funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da. (Org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. 1. ed. Porto Alegre: Sulina, 2020, pp. 32-51.
  16. KROEFF, Renata Fischer da Silveira; GAVILLON, Póti Quartieiro; RAMM, Laís Vargas. Diário de Campo e a Relação do(a) Pesquisador(a) com o Campo-Tema na Pesquisa-Intervenção. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 20, n. 2, pp. 464-480, 2020. DOI: https://doi.org/10.12957/epp.2020.52579
  17. LOURAU, Rene. O objeto e o método da análise institucional. In: ALTOÉ, S. René Lourau: análise institucional em tempo integral. São Paulo: Hucitec, 2004. pp. 66-86.
  18. MACHADO, Antonio. Campos de Castilla. Madri: Cátedra, 1997.
  19. NASCIMENTO, Márcio Alessandro Neman do; PINAFI, Tânia; PERES, William Siqueira. Sobre acasos e acontecimentos: a proposta do método cartográfico. In: VASCONCELOS, Mário Sérgio; CARNEIRO, Marcelo Carbone; CONSTANTINO, Elizabeth Piemonte (Org.). Psicologia: reflexões sobre as relações sujeito/objeto. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014, pp. 87-108
  20. NASCIMENTO, Maria Lívia.; LEMOS, Flávia Cristina Silveira. A pesquisa-intervenção em Psicologia: os usos do diário de campo. Barbarói, Santa Cruz do Sul, n. 57, pp. 239-253, jul. 2020. DOI: https://doi.org/10.17058/barbaroi.v0i57.14675
  21. PASSOS, Eduardo; BARROS, Regina Benevides de. A construção do plano da clínica e o conceito de transdisciplinaridade. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 16, n. 1, pp. 71-79, jan./abr. 2000. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-37722000000100010
  22. PASSOS, Eduardo; BARROS, Regina Benevides Por uma política da narratividade. In: PASSOS, Eduardo.; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da. (Org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. 1. ed. Porto Alegre: Sulina, 2020, pp. 150-171.
  23. PASSOS, Eduardo; EIRADO, André do. Cartografia como dissolução do ponto de vista do observador. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da. (Org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. 1. ed. Porto Alegre: Sulina, 2020, pp. 109-130.
  24. REZENDE, Mateus Alexandre Pratas. Uma experiência cartográfica em um equipamento CAPS AD: a atenção à saúde da pessoa usuária de substâncias psicoativas. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2023.
  25. ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Sulina; Editorada UFRGS, 2011.
  26. SAUVAGNARGUES, Anne. Deleuze, cartografias do estilo: assignificante, intensivo, impessoal. Tradução Roberto D. S. Nascimento. Artefilosofia, Ouro Preto, v. 5, n. 9, pp. 20-34, out. 2010.
  27. SLOMP JR, Helvo. et al. Contribuições para uma política de escritura em saúde: o diário cartográfico como ferramenta de pesquisa. Athenea Digital, Barcelona, v. 20, n. 3, pp. 1-13, 2020. DOI: https://doi.org/10.5565/rev/athenea.2617
  28. SPINK, Peter Kevin. Pesquisa de campo em psicologia social: Uma perspectiva pós-construcionista. Psicologia & Sociedade, v. 15, n. 2, pp. 18-42, 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-71822003000200003
  29. TEDESCO, Silvia Helena; SADE, Christian; CALIMAN, Luciana Vieria. A entrevista cartográfica: a experiência do dizer. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; TEDESCO, Silvia (Org). Pistas do método da cartografia: a experiência da pesquisa e o plano comum. (v. 2), 1. Ed, Porto Alegre: Sulina, 2016, pp. 92-128.