v. 5 n. 1 (2024): Dossiê - Diferença, antagonismos e imanência: Deleuze, Guattari e outrxs esquizos (jan/jun 2024)
Dossiê especial

A equação “tempo = dinheiro” como campo transcendental capitalista: subjetivação de classe temporal-monetária diferencial

Émerson dos Santos Pirola
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil
Biografia

Publicado 15-10-2024

Palavras-chave

  • tempo,
  • dinheiro,
  • campo transcendental,
  • subjetivação

Como Citar

A equação “tempo = dinheiro” como campo transcendental capitalista: subjetivação de classe temporal-monetária diferencial. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. e51945, 2024. DOI: 10.53981/destroos.v5i1.51945. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/51945. Acesso em: 26 dez. 2024.

Resumo

O artigo propõe, através da filosofia deleuzeana e da pesquisa em teoria monetária social de base simmeliana, um estudo transcendental sobre a natureza do dinheiro, que o afirma como campo de individuação múltipla, procurando uma resposta ao problema do dinheiro que vá além do nível empírico. Através de intuições marxistas e marxianas (principalmente com Postone), o artigo propõe um modo de entender como se deu e se dá a identificação entre tempo e dinheiro sob a máquina social capitalista, através da emergência do tempo abstrato e descodificado. Assim, o tempo-dinheiro acaba por constituir o campo transcendental em que se subjetivam os sujeitos capitalistas, bem como o campo de individuação que define o que será ou não produzido e consumido, quando, como e por quem. Analisamos então como a subjetivação se dá de modo desigual e diferencial entre ricos e pobres, capitalistas e proletários, visto que a uns o tempo, em suas três dimensões (passado, presente e futuro), lhes pertence, e a outros lhes escapa, lhes é capturado. Por fim, discutimos o papel da economia de dívida nessa subjetivação e ligamos o fenômeno ao horizonte de expectativas decrescentes (Arantes) que marca o contemporâneo, em que o porvir é fechado de antemão, submetido ao passado enquanto capital acumulado, trabalho morto.

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