v. 5 n. 1 (2024): Dossiê - Diferença, antagonismos e imanência: Deleuze, Guattari e outrxs esquizos (jan/jun 2024)
Dossiê especial

Cinecartografando imagens aberrantes do filme Honeyland (2019): mergulhos entre camadas, paisagens, educação e cinema

Keyme Gomes Lourenço
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil
Biografia
Lúcia de Fátima Dinelli Estevinho
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil
Biografia

Publicado 14-10-2024

Palavras-chave

  • imagem-tempo,
  • filosofia da diferença,
  • educação,
  • cinema

Como Citar

GOMES LOURENÇO, K.; DINELLI ESTEVINHO, L. de F. Cinecartografando imagens aberrantes do filme Honeyland (2019): mergulhos entre camadas, paisagens, educação e cinema. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. e51951, 2024. DOI: 10.53981/destroos.v5i1.51951. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/51951. Acesso em: 28 out. 2024.

Resumo

Neste artigo foram criadas e experimentadas cinecartografias do filme Honeyland (2019), a partir de mergulhos profundos nas suas imagens cinematográficas. É uma produção teórica, narrativa e experimentativa, que dialoga com referencial teórico das filosofias da diferença, principalmente os estudos de cinema de Gilles Deleuze e suas escritas em platôs sobre virtualidades, multiplicidades e potências com Félix Guattari. Discute sobre o cartógrafo e o cartografar de Sueli Rolnik e sobre os movimentos aberrantes que existem nas imagens de David Lapoujade. Mais do que cartografias, forjamos no trabalho cinecartografias, entendendo estas como uma cartografia das imagens dos filmes. Dividimos a escrita em quatropartes. Na primeira e na segunda tecemos aproximações entre os conceitos importantes trazidos pelas leituras como fazemos considerações teórico-metodológicas acerca da cartografia e da cinecartografia. Na terceira parte, tecemos narrativas e algumas considerações construídas com as imagens cinecartografadas do filme e as contaminações que ecoaram após o encontro com a pesquisa. Por fim, na última parte tecemos algumas considerações. Ensaios vazaram pelo texto na experimentação do filme e de seus movimentos e montaram juntos todo um rizoma. Pudemos cinecartografar movimentos que forçaram e violentaram o pensamento produzindo narrativas outras e lugares e territórios e afecções e rostos.

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Referências

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