v. 6 n. 1 (2025): Limiares destituintes: política, direito, teologia e linguagem (jan/jun 2025)
Traduções

Agamben e Godard: a tarefa messiânica do cinema

Ricardo Evandro Santos Martins
Universidade Federal do Pará
Biografia

Publicado 16-05-2025

Palavras-chave

  • Agamben,
  • Godard,
  • Cinema,
  • Exceção

Como Citar

MARTINS, Ricardo Evandro Santos. Agamben e Godard: a tarefa messiânica do cinema. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 6, n. 1, p. e57580 , 2025. DOI: 10.53981/destrocos.v6i1.57580. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/57580. Acesso em: 25 dez. 2025.

Resumo

Trata-se de um ensaio originalmente publicado em português na semana do falecimento do cineasta francês Jean-Luc Godard, em setembro de 2022. Por meio de uma metodologia analógica, este texto tem como objetivo geral traçar um paralelo entre o curta-metragem de Godard, chamado de Je vous salue, Sarajevo (1993), e o conceito de estado de exceção desenvolvido pelo filósofo italiano Giorgio Agamben, a partir do seu projeto Homo sacer (1994-2014). A guerra civil entre sérvios, bósnios e croatas, no território da extinta Iugoslávia, nos anos de 1990, foi tema contemporâneo tanto para o referido filme de Godard, quanto para a publicação do primeiro volume da série Homo sacer, Homo sacer: Il potere sovrano e la nuda vita (1994) de Agamben, o qual completou aniversário de 30 anos de publicação. Assim, considerando este fato geopolítico marcante no período posterior ao fim da União Soviética, este texto busca responder à questão sobre se haveria alguma outra relação entre as obras de Agamben e Godard. A hipótese é a de que que Godard, por meio das forma estético-cinematográfica, e Agamben, por meio de argumentos filosóficos e teológico-políticos, desenvolveram verdadeiros ensaios acerca da relação entre exceção e regra, além de desenvolver, a partir de Walter Benjamin, o conceito de “tarefa messiânica do cinema”.

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Referências

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