A Serra das Cambotas: terminação Meridional do Supergrupo Espinhaço no Quadrilátero Ferrífero, MG

Autores/as

  • Ana P. C. Daher Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia, Centro de Pesquisas Professor Manuel Teixeira da Costa, Campus Pampulha, 31.270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil
  • Michele A. F. Costa Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia, Centro de Pesquisas Professor Manuel Teixeira da Costa, Campus Pampulha, 31.270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil
  • Tiago A. Novo Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia, Centro de Pesquisas Professor Manuel Teixeira da Costa, Campus Pampulha, 31.270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil *Pesquisador de produtividade CNPq

DOI:

https://doi.org/10.18285/geonomos.v28i1.29651

Resumen

O posicionamento estratigráfico das rochas agrupadas como Formação Cambotas, (Quadrilátero Ferrífero, sudeste do Cráton São Francisco) tem sido objeto de discussão desde sua caracterização na década de sessenta. Nosso estudo traz dados estruturais e estratigráficos da Formação Cambotas, obtidos em sua seção tipo ao longo das serras do Tamanduá e das Cambotas, visando definir as relações estratigráfico-temporais que caracterizam o conjunto da Formação Cambotas e seu entorno. Além disso, apresentamos dados isotópicos (U-Pb em LA-ICP-MS) visando contribuir em especial na correlação temporal da unidade. Os grandes sistemas de cisalhamento já descritos na literatura foram avaliados, bem como as características texturais e sedimentológicas. A Formação Cambotas corresponde a uma unidade que agrupa ortoquartzitos e quartzitos arcoseanos, cuja relação estratigráfica de base é regida por contatos tectônicos, por meio do Sistema de Cisalhamento Fundão-Cambotas e pela Falha Córrego do Garimpo. Para proveniência via análise isotópica U-Pb em LA-ICPMS de grãos de zircão detrítico, foi coletada amostra da seção tipo da Formação Cambotas na serra homônima, correspondente a ortoquartzito de granulação fina, em que foram coletados e analisados 210 grãos de zircão. Os resultados indicam idade máxima de sedimentação no Estateriano, em torno de 1755 ± 71 Ma, provendo ainda picos de idades entre 1923 e 3010 Ma, indicando significativa contribuição de áreas fonte de idade Paleoproterozoica a Neoarqueana. À luz do conhecimento estratigráfico atual, o pico de análises concordantes com idade estateriana (~1,7 Ga) descarta a correlação da Formação Cambotas com rochas dos supergrupos Minas ou Rio das Velhas. Com isso, propõe-se que a Formação Cambotas configura a terminação meridional do Supergrupo Espinhaço, correspondente a uma bacia restrita, com multiplicidade de áreas fonte. Essa variedade está relacionada com a complexidade estrutural e estratigráfica à qual esteve submetida a região nordeste do atual Quadrilátero Ferrífero durante sua gênese. A comparação da amostra analisada com amostras avaliadas em outros trabalhos apresenta similaridade de idade, corroborando para a proposição atual.

Palavras-Chave: Formação Cambotas, Quadrilátero Ferrífero, Geocronologia U-Pb

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Publicado

2021-02-26

Número

Sección

Artigos