EVIDÊNCIAS DIRETAS E INDIRETAS DE ARCO MAGMÁTICO PALEOPROTEROZOICO NA REGIÃO DO ALTO DE JANUÁRIA – NORTE DE MINAS GERAIS

Autores

  • Christopher Rocha de Rezende Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais. Av. Antônio Carlos nº 6.627, Pampulha. CEP: 31270-901 Belo Horizonte MG, Brasil.
  • Alexandre de Oliveira Chaves nstituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais. Av. Antônio Carlos nº 6.627, Pampulha. CEP: 31270-901 Belo Horizonte MG, Bra
  • Viviane de Paula Oliveira Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais. Av. Antônio Carlos nº 6.627, Pampulha. CEP: 31270-901 Belo Horizonte MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.18285/geonomos.v26i2.12561

Resumo

s rochas pertencentes ao embasamento do Cráton São Francisco (CSF), na região de Bonito de Minas (MG), fazem parte do Complexo Januária (CJ) e estão expostas ao longo de drenagens do alto homônimo. Com suporte em idades U-Th-Pb de cristais de monazita de um gnaisse migmatítico como balizadoras indiretas da granitogênese local, integradas à dados preliminares diretos de petrografia e geoquímica destas rochas que essencialmente compõem o CJ, propõe-se que elas são as representantes de um ciclo orogênico paleoproterozoico. Cinco cristais (A, B, C, D e E) de monazita-Ce foram datados. A monazita A apresenta idade média de 2329 ± 55 Ma, que poderia ser correlata à formação dos granitoides juvenis pré-colisionais tipo – I de composição cálcica a cálcio-alcalina, peraluminosa, a maioria de alto potássio. Estes granitoides teriam se formado em ambiente de arco magmático continental e são representados pelo biotita granodiorito e pelo biotita granito locais. Contemporâneos a esta intrusão ter-se-ia iniciado o processo de metamorfismo e anatexia da crosta TTG preexistente. Este processo atingiria seu ápice durante o Riaciano, em uma fase colisional que está registrada nos gnaisses da região e com idade média balizada pela monazita B de 2120 ± 56 Ma. As monazitas C e D apresentaram idades médias de 1923 ± 28 Ma e 1903 ± 29 Ma, respectivamente, possivelmente indicando o colapso do orógeno durante o Orosiriano. Com o colapso do orógeno, ter-se-ia a intrusão do biotita granito rosa, que apesar das semelhanças com granitoides do tipo – A, foi interpretado como um granito pós-colisional formado em ambiente com alta fugacidade de oxigênio. Por fim, o cristal E apresenta idade média de 1817 ± 37 Ma, que provavelmente registra a fase anorogênica relativa à formação do Rifte Espinhaço no limite Orosiriano/Estateriano. O processo extensional anorogênico é registrado pela intrusão de diques máficos relacionados ao enxame Januária. Desta maneira, como os dados sugerem, o CJ representaria uma porção do orógeno Riaciano-Orosiriano na região central do CSF em Minas Gerais.

Palavras Chave: Complexo Januária; petrografia; geoquímica; datação U-Th-Pb em monazita; arco magmático

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Publicado

2018-12-31

Edição

Seção

Artigos