Em dois momentos, esse ensaio reflete sobre o conceito pan-indígena elaborado por Daniel Munduruku (2012) e sua estreita vinculação com o horizonte político-estratégico do movimento indígena brasileiro. Num primeiro momento observamos a origem desse conceito e suas características. Em um segundo momento, investigamos como os traços dessa visão aparece nas elaborações de Ailton Krenak e Davi Yanomami. Ademais, durante todo o texto, buscamos destacar como esta noção, ao mesmo tempo que proporciona uma unidade, preserva as particularidades de cada uma das comunidades desses autores. Dessa maneira, evidenciamos como essas ideias assumem características práticas no cotidiano vivenciado historicamente por estes grupos.