Formas profanas, conteúdos divinos. A história de garrafas oitocentistas de um porão em Salvador da Bahia

Autores

  • Samuel Lira Gordenstein Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)

DOI:

https://doi.org/10.31239/vtg.v10i2.10559

Palavras-chave:

manufatura e reutilização de garrafas, Salvador (Bahia), Arqueologia Urbana

Resumo

O artigo promove reflexões sobre a manufatura e eventual descarte de 10 garrafas de vidro encontradas em escavações arqueológicas no centro histórico de Salvador, Bahia. Contentores vítreos são bens reutilizáveis, que podem ter uma sobrevida considerável, com várias etapas, realidade esta que serve como base para discutir time lag (Hill, 1982), o tempo discorrido entre a manufatura e o descarte de um objeto, conceito este que é esmiuçado para as garrafas encontradas em solo baiano. Este exercício é feito a partir do uso de fontes históricas locais, e considera o contexto cultural e econômico de Salvador no fim do século XIX. Também com base na interpretação do uso do porão onde foram encontradas, sugere-se que o abandono das garrafas pode estar associado à família proprietária do sobrado, e é mais bem compreendido se forem consideradas as formas como africanos e seus descendentes na diáspora usavam objetos no contexto do Candomblé baiano.

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Publicado

2016-12-31

Como Citar

Gordenstein, S. L. (2016). Formas profanas, conteúdos divinos. A história de garrafas oitocentistas de um porão em Salvador da Bahia. Vestígios - Revista Latino-Americana De Arqueologia Histórica, 10(2), 103–131. https://doi.org/10.31239/vtg.v10i2.10559

Edição

Seção

Artigos