O machado que vaza ou algumas notas sobre as pessoas e as superfícies do passado presente na Amazônia

Autores

  • Marcia Bezerra Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.31239/vtg.v12i2.12198

Palavras-chave:

Arqueologia Amazônica, Superfícies, Coletivos Humanos

Resumo

Este texto reúne, de forma breve, alguns apontamentos acerca das relações entre coletivos humanos e a arqueologia, a partir da elaboração de narrativas fantásticas que compõem distintos regimes de pensamento e constituem um modo de conhecer a realidade cotidiana na Amazônia. Proponho que os agentes e as ações que animam essas narrativas, assim como as superfícies dos sítios e seus arredores, sejam considerados integrantes da prática disciplinar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARAÚJO, F. A.; GOMES, E.S.L. & ALMEIDA, R. de. 2014 O Mito Revivido: a mitanálise como método de investigação do imaginário. Képos, São Paulo.

BACHELARD, G. 1996. Poética do Devaneio. 2ª tir. Editora Martins Fontes, São Paulo.

BACHELARD, G. 2008. Poética do Espaço. 2ª ed. Editora Martins Fontes, São Paulo.

BANDEIRA, A. & ALVES, A.L. 2017. Pesca e Coleta Tradicional no Maranhão: construindo pontes entre o passado e o presente. Programa. IV Encuentro Internacional de Arqueología Amazónica. Trinidad, Bolívia.

BEZERRA, M. 2017. Teto e Afeto: sobre as pessoas, as coisas e a arqueologia na Amazônia. GK Noronha, Belém.

BEZERRA, M. 2018. Com os Cacos no Bolso: o colecionamento de artefatos arqueológicos na Amazônia brasileira. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Vol. 38: 85-99.

BYRNE, D. 2007. Surface Collection: archaeological travels in Southeast Asia. Altamira Press, Plymouth, UK.

CABRAL, M. P.2014. No tempo das pedras moles – arqueologia e simetria na floresta. 262fls. Tese (Doutorado em Antropologia, Concentração em Arqueologia) Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade de Federal do Pará, Belém.

CABRAL, M. 2017. Sobre el ronquido del hacha y otras cosas extrañas: Reflexiones sobre la arqueología y otros modos de conocimiento. IN PELLINI, J.J.; ZARANKIN, A. & SALERNO, M.A. (eds.) Sentidos Indisciplinados: Arqueología, Sensorialidad y Narrativas Alternativas. JAS Arqueología S.L.U., Madrid, 221-250.

CASTANEDA, Q.E. 2008. The “Ethnographic Turn” in Archaeology: research positioning and reflexivity in Ethnographic Archaeologies. In CASTANEDA, Q.E. & MATTHEWS, C.N. (eds.) Ethnographic Archaeologies: reflections on stakeholders and archaeological practices. Altamira Press, Plymouth, UK, 25-61.

CERTEAU, M. 1994. A Invenção do Cotidiano. Artes de Fazer, Vol.1. Vozes, Rio de Janeiro.

DURAND, G. 2002. As Estruturas Antropológicas do Imaginário. 3ª ed. Editora Martins Fontes, São Paulo.

GNECCO, C. 2012. Escavando arqueologias alternativas. Revista de Arqueologia, Vol. 25 (2): 8-22.

HABER, A. 2017. Al Otro Lado del Vestigio: políticas del conocimiento y arqueología indisciplinada. Editorial Universidad del Cauca, Popayán; JAS Arqueología, Madrid; Ediciones del Signo, Buenos Aires.

INGOLD, T.1993. The Temporality of the Landscape. World Archaeology, Vol. 25 (2):152-174.

INGOLD, T. 2000. On Weaving a Basket. In: ______. The Perception of the Environment: essays on livelihood, dwelling and skill. Routledge, London, 339-348.

INGOLD, T. 2012. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos, Vol. 18 (37): 25-44.

LOUMPET-GALITZINE, A. 2011. The Bekom Mask and the White Sar: the fate of others’objects at the Musée du quai Branly, Paris. In BYRNE, S.; CLARKE, A.; HARRISON, R. & TORRENCE, R. 2011. (eds.) Unpacking the Collection: networks of material and social agency in the museum. Springer, London, 141- 163.

MAFFESOLI, M. 2001. O imaginário é uma realidade. Entrevista concedida a Juremir Machado da Silva. Revista FAMECOS, Vol. 15: 74-82.

MAURITY, G.P. (no prelo). As Lâminas de Machado: possíveis funções, usos e ressignificações: uma contribuição aos estudos do material lítico do sítio PA-AT-337: S11D 47/48 - Capela, Serra dos Carajás, Pará, Brasil. Anais do 56° Congresso Internacional de Americanistas, Espanha. (gentilmente cedido pela autora)

MORAES, I.P. 2010. Centralidades do Patrimônio na Amazônia: considerando as percepções de mulheres agricultoras em um Projeto de Educação Patrimonial na Região de Itaituba-PA. (Monografia), Curso de Especialização em Arqueologia, Universidade Federal do Pará, Belém.

RIBEIRO, F. A.N., MORAES, C. & VALLE, R. 2017. A Pesquisa Arqueológica e Etnográfica na Construção do Programa Zo’é. Programa. IV Encuentro Internacional de Arqueología Amazónica. Trinidad, Bolívia.

SCHIFFER, M. 1987. Formation Processes of the Archaeological Record. Salt Lake City, University of Utah Press.

SHANKS, M. 1997. Photography and Archaeology. In Molyneaux, B.B. (ed.) The Cultural Life of Images: visual representation in Archaeology. Routledge, New York, 73-107.

SILVEIRA, F. & BEZERRA, M. 2012. Paisagens Fantásticas na Amazônia: entre as ruínas, as coisas e as memórias na Vila de Joanes, Ilha do Marajó. In MAUÉS, R.H. & MACIEL, E. (orgs.) Diálogos Antropológicos: diversidades, patrimônios, memórias. L&A, Belém, 119-150.

Downloads

Publicado

2022-04-21

Como Citar

Bezerra, M. (2022). O machado que vaza ou algumas notas sobre as pessoas e as superfícies do passado presente na Amazônia. Vestígios - Revista Latino-Americana De Arqueologia Histórica, 12(2), 51–58. https://doi.org/10.31239/vtg.v12i2.12198

Edição

Seção

Artigos