Gênero, raça e trabalho na Arqueologia Colonial das Américas Espanholas

Autores

  • Barbara L. Voss Universidade de Standford

DOI:

https://doi.org/10.31239/vtg.v11i2.10449

Palavras-chave:

Gênero, raça, trabalho

Resumo

Gênero e raça são temas centrais das investigações arqueológicas do Império. Nessa pesquisa sobre a colonização espanhola das Américas, uma teoria proeminente, o padrão de Saint Augustine [the St. Augustine pattern], argumenta que a coabitação entre homens espanhóis e mulheres americanas ou africanas nos assentamentos coloniais resultou em uma forma distintivamente generificada de transformação: elementos culturais indíginas, africanos e sincréticos aparecem nas atividades do ambiente doméstico privado, associados
a mulheres; já elementos culturais europeus são conservadoramente mantidos publicamente nas atividades visíveis masculinas. Esse artigo reconsidera o padrão de Saint Augustine através da análise da nova pesquisa que revelou uma diversidade considerável nos processos e resultados da colonização nas américas espanholas. Métodos arqueológicos, tais como o padrão já referido, se baseiam em categorias binárias de análise, mascarando assim a complexidade e ambiguidade da cultura material nos sítios coloniais. Ademais, a abundância e onipresença da cultura material indígena, africana e sincrética nas habitações coloniais no circum-Caribe indica que a macroescala das relações econômicas, de troca e trabalho, mais do que a composição das habitações, eram causas importantes da transformação cultural colonial nas Américas. O foco analítico no trabalho em composições coloniais providencia uma metodologia multiescalar que abrange tanto emaranhados a nível institucional quanto doméstico entre colonizadores e colonizados.

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Publicado

2017-12-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Gênero, raça e trabalho na Arqueologia Colonial das Américas Espanholas. (2017). Vestígios - Revista Latino-Americana De Arqueologia Histórica, 11(2), 127-161. https://doi.org/10.31239/vtg.v11i2.10449