Avaliação da taxa de infecção no pós-operatório de cirurgias odontológicas em uma instituição pública
DOI:
https://doi.org/10.7308/aodontol/2020.56.e18Palavras-chave:
Infecção da ferida cirúrgica , Controle de infecções, Procedimentos cirúrgicos bucais, Gestão em saúdeResumo
Objetivo: Avaliar a taxa de infecção e eventos adversos no pós-operatório de cirurgias orais menores, em uma instituição pública de atenção odontológica, entre 2017 e 2018.
Métodos: Após realização dos procedimentos cirúrgicos, um formulário foi preenchido com dados relacionados ao paciente e à cirurgia. Trinta dias após, os egressos cirúrgicos foram contactados, via telefone e questionados quanto à ocorrência de eventos adversos (dor, secreção, sangramento e deiscência de sutura) e sobre uso de antibióticos. Realizou-se a análise descritiva dos dados (distribuição de frequências e percentuais) e cálculo da taxa de infecção global.
Resultados: Foram incluídos 3.745 procedimentos cirúrgicos. A média de idade dos pacientes da amostra foi de 42,7 anos, com ligeiro predomínio do sexo masculino (51,3%). A clínica de cirurgia teve a maior concentração de procedimentos cirúrgicos realizados (53,8%), a prevalência média anual de eventos adversos no pós-operatório foi de 1,7% e a dor foi o evento adverso mais informado (4,0%). A maioria dos pacientes (64,2%) não recebeu nenhum tipo de prescrição antibiótica (profilático, terapêutico ou ambos) e a taxa de infecção no pós-operatório apresentou prevalência média total de 1,1%.
Conclusão: As taxas de eventos adversos e a de infecção das feridas cirúrgicas encontradas foram baixas, demonstrando que o serviço atua de forma comprometida com os padrões de biossegurança, zelando pelos cuidados com o paciente.
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