Estudo retrospectivo da efetividade de uma abordagem de tratamento não invasiva para inativação de lesões de cárie dentária não cavitadas em pacientes infantis
DOI:
https://doi.org/10.7308/aodontol/2020.56.e25Palavras-chave:
Cárie dentária, Flúor, OdontopediatriaResumo
Objetivo: Avaliar a efetividade de uma abordagem de tratamento não invasiva para a inativação de lesões não cavitadas de dentes decíduos e permanentes realizada na Clínica Infanto-Juvenil (CIJ) da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FO-UFRGS), identificando os fatores clínicos do paciente e associando-os ao sucesso clínico do tratamento.
Métodos: Foram incluídos 55 prontuários de pacientes que receberam instruções de higiene bucal, controle de dieta e aplicações tópicas de flúor (ATF) na CIJ da FO-UFRGS entre 2016 e 2018. Foram coletados dados demográficos e clínicos referentes a avaliação da atividade de cárie dentária na consulta inicial e após o tratamento realizado: índice de placa visível (IPV), índice de sangramento gengival (ISG) e o número médio de dentes permanentes cariados, perdidos e restaurados (CPO-D) e/ou número médio de dentes decíduos cariados, extraídos ou com indicação de extração e restaurados (ceo-d). Na análise estatística foram utilizados os testes Qui-quadrado de Pearson, Exato de Fisher e Wilcoxon, nível de significância: p < 0,05.
Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa quando se comparou as variáveis idade, sexo, IPV, ISG e ceo-d/CPO-D com o sucesso do tratamento. Houve diferença estatisticamente significativa comparando o IPV inicial com o final (p = 0,016) e número de lesões não cavitadas ativas inicial e final (p < 0,001), mas não houve diferença para o ISG inicial e final (p = 0,324).
Conclusão: Baseado nos achados da redução do IPV e da redução no número de lesões não cavitadas ativas ao final do tratamento, sugere-se que a abordagem de tratamento não invasiva para inativação de lesões de cárie dentária não cavitadas aplicada na CIJ da FO-UFRGS é efetiva.
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