Hábitos associados à mordida aberta anterior em crianças

uma revisão integrativa

Autores

  • Layla Beatriz Barroso de Alencar Universidade Federal de Campina Grande
  • Elaine Bezerra de Oliveira Universidade Federal de Campina Grande
  • Ismael Lima Silva Universidade Federal de Campina Grande
  • Samara Crislâny Araújo de Sousa Universidade Federal de Campina Grande
  • Vitória Freitas de Araújo Universidade Federal de Campina Grande
  • Fátima Roneiva Alves Fonseca Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.35699/2178-1990.2021.26537

Palavras-chave:

Mordida aberta, Comportamento de sucção, Sucção de dedo, Crianças

Resumo

Objetivo: analisar na literatura os hábitos associados à mordida aberta anterior em crianças.

Metodologia: realizou-se uma pesquisa bibliográfica referente aos artigos publicados de 2015 a 2020 nos bancos de dados on-line PubMed (National Libary of Medicine) e Embase, utilizando descritores e sinônimos MeSH, com as seguintes etapas: identificação dos trabalhos, triagem, elegibilidade e inclusão. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, estudos clínicos transversais ou de coorte, artigos que demonstrassem hábitos associados à mordida aberta anterior em crianças de 2 a 12 anos de idade. Relatos de caso e revisões da literatura foram excluídos.

Resultados: de um total de 394 artigos encontrados apenas 9 foram selecionados para o estudo. Mediante a análise, observou-se que a manutenção de hábitos orais como sucção digital, de acordo com o que foi afirmado em 66,6% dos trabalhos, de chupeta (77,7%), uso de mamadeira (33,3%) e  duração do tempo de aleitamento materno (22,2%), pode ocasionar alterações na oclusão, fala, respiração, crescimento craniofacial, afetando diretamente a qualidade de vida da criança.

Conclusão: uma vez que a infância é a fase adequada para a implementação de novos hábitos saudáveis e tratamentos, é imprescindível que o cirurgião-dentista conheça essa associação e adote medidas terapêuticas e preventivas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Pereira MR, Jardim LE, Figueiredo MC, Faustino-Silva DD. Prevalência de má oclusão em crianças de quatro anos de idade e fatores associados na Atenção Primária à Saúde. Stomatos. 2017;23(45):49-58.

Domann J, Cruz CM, Crepaldi MV, Crepaldi MLS, Oliveira BLS. Mordida aberta anterior, etiologia, diagnóstico e tratamento precoce. Rev FAIPE. 2016;6(2):28-42.

Bauman JM, Silva JSG, CD Bauman, Flório FM. Padrão epidemiológico da má oclusão em pré-escolares brasileiros. Ciênc Saúde Colet. 2018;23(11):3861-8.

Miotto MHM de B, Cavalcante WS, Godoy LM, Campos DMK de S, Barcellos LA. Prevalência de mordida aberta anterior associada a hábitos orais deletérios em crianças de 3 a 5 anos de Vitória, ES. Rev CEFAC. 2014;16(4):1303-10.

Almeida RR, Garib DG, Henriques JFC, Almeida MR, Almeida RR. Ortodontia preventiva e interceptora: mito ou realidade? Rev Dent Press Ortodon e Ortop Maxilar. 1999;4(6):87-108.

Matos BS, Carvalho EML, Gonçalves GS, Silva LAH. Etiologia, diagnóstico e tratamento da mordida aberta anterior na dentadura mista. Rev Rede Cuid Saúde. 2019;13(1):21-31.

Silva BC, Santos DCL, Flaiban E, Negrete D, Santos RL. Mordida aberta anterior-origem e tratamento. Rev Odontol Univ Cid São Paulo. 2019;31(1):68-73.

Zapata M, Bachiega JC, Marangoni AF, Jeremias JEM, Ferrari RAM, Bussadori SK, et al. Ocorrência de mordida aberta anterior e hábitos bucais deletérios em crianças de 4 a 6 anos. Rev CEFAC. 2010;12(2):267-71.

Loney PL, Chambers LW, Bennett KJ, Roberts JG, Stratford PW. Critical appraisal of the health research literature: prevalence or incidence of a health problem. Chronic Dis Can. 1998;19(4):170-6.

Wells GA, Shea B, O’connell D, Peterson J, Welch V, Losos M, et al. The Newcastle-ottawa Quality Assessment Scale (NOS) for assessing the quality of nonrandomised studies in meta-analyses. 2000. www.ohri.ca/programs/clinical_epidemiology/oxford.htm.

Pillatt AP, Patias RS, Berlezi EM, Schneider RH. Which factors are associated with sarcopenia and frailty in elderly persons residing in the community? Rev Bras Geriatr Gerontol. 2018;21(6):755-66.

Moreira TR, Lemos AC, Colodette RM, Gomes AP, Batista RS. Prevalência de tuberculose na população privada de liberdade: revisão sistemática e metanálise. Rev Panam Salud Pública. 2019;43:e16.

Grippaudo C, Paolantonio EG, Antonini G, Saulle R, La Torre G, Deli R. Associazione fra abitudini viziate, respirazione orale e malocclusione. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2016;36(5):386-94.

AlSadhan SA, Al-Jobair AM. Oral habits, dental trauma, and occlusal characteristics among 4- to 12-year-old institutionalized orphan children in Riyadh, Saudi Arabia. Spec Care Dentist. 2017;37(1):10-8.

Zhou Z, Liu F, Shen S, Shang L, Shang L, Wang X. Prevalence of and factors affecting malocclusion in primary dentition among children in Xi’an, China. BMC Oral Health. 2016;16(1):91.

Wagner Y, Heinrich-Weltzien R. Occlusal characteristics in 3-year-old children--results of a birth cohort study. BMC Oral Health. 2015;15:94.

Zimmer S, Zuralski H, Bizhang M, Ostermann T, Barthel CR. Anterior open bite in 27 months old children after use of a novel pacifier - a cohort study. J Clin Pediatr Dent. 2016;40(4):328-33.

Gómez, YAG. Factores de riesgo asociados con anomalías de oclusión en dentición temporal. Rev Cienc Med Pinar Rio. 2015;19(1):66-76.

Samohyl M, Nadazdyova A, Hirjak M, Hirosova K, Vondrova D, Argalasova L, et al. The analysis of selected malocclusion risk factors: a pilot study. Pesqui Bras Odontopediatria Clín Integr. 2017;17(1):e3790.

Paolantonio EG, Ludovici N, Saccomanno S, La Torre G, Grippaudo C. Association between oral habits, mouth breathing and malocclusion in Italian preschoolers. Eur J Paediatr Dent. 2019;20(3):204-8.

Lopes TSP, Lima CCB, Silva RNC, Moura LFAD, Lima MDM, Lima MCMP. Association between duration of breastfeeding and malocclusion in primary dentition in Brazil. J Dent Child (Chic). 2019;86(1):17-23.

Ling HTB, Sum FHKMH, Zhang L., Yeung CPW, Li KY, Wong HM, et al. The association between nutritive, non-nutritive sucking habits and primary dental occlusion. BMC Oral Health. 2018;18(1):145.

Gomes MC, Neves ÉTB, Perazzo MF, Martins CC, Paiva SM, Granville-Garcia AF. Association between psychological factors, socio-demographic conditions, oral habits and anterior open bite in five-year-old children. Acta Odontol Scand. 2018;76(8):553-8.

Lima AA, Alves CM, Ribeiro CC, Pereira AL, Silva AAM, Silva LF, et al. Effects of conventional and orthodontic pacifiers on the dental occlusion of children aged 24-36 months old. Int J Paediatr Dent. 2017;27(2):108-19.

Silvestrini-Biavati A, Salamone S, Silvestrini-Biavati F, Agostino P, Ugolini A. Anterior open-bite and sucking habits in Italian preschool children. Eur J Paediatr Dent. 2016;17(1):43-6.

Germa A, Clément C, Weissenbach M, Heude B, Forhan A, Martin-Marchand L, et al. Early risk factors for posterior crossbite and anterior open bite in the primary dentition. Angle Orthod. 2016;86(5):832-8.

Chen X, Xia B, Ge L. Effects of breast-feeding duration, bottle-feeding duration and non-nutritive sucking habits on the occlusal characteristics of primary dentition. BMC Pediatr (Online). 2015;15:46.

Nihi VSC, Maciel SM, Jarrus ME, Nihi FM, Salles CLF, Pascotto RC, et al. Pacifier-sucking habit duration and frequency on occlusal and myofunctional alterations in preschool children. Braz Oral Res. 2015;29(1):1-7.

Lima GN, Cordeiro CM, Justo JS, Rodrigues LCB. Mordida aberta anterior e hábitos orais em crianças. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2010;15(3):369-75.

Gondim CR, Barbosa MA, Dantas RMX, Ribeiro ED; Massoni ACLT; Padilha WWN. Mordida aberta anterior e sua associação com os hábitos de sucção não-nutritiva em pré-escolares. Rev Gaúch Odontol. 2010; 58(4):475-80.

Machado DB, Brizon VSC, Ambrosano GMB, Madureira DF, Gomes VE, Oliveira ACB. Factors associated with the prevalence of anterior open bite among preschool children: a population-based study in Brazil. Dental Press J Orthod. 2014;19(5):103-9.

Cavalcanti AL, Bezerra PKM, Alencar CRB, Moura C. Prevalência de maloclusão em escolares de 6 a 12 anos de idade em Campina Grande, PB, Brasil. Pesqui Bras Odontopediatria Clín Integr. 2008;8(1):99-104.

Ártico MFM, Bastiani C, Jock MD, Kobayashi ET. Prevalência da mordida aberta anterior. Iniciac Cient Cesumar. 2004;6(1):12-5.

Almeida MR, Pereira ALP, Almeida RR, Almeida-Pedrin RR, Silva FOG. Prevalence of malocclusion in children aged 7 to 12 years. Dental Press J Orthod. 2011;16(4):123-31.

Batista CLC, Rodrigues VP, Ribeiro VS, Nascimento MDSB. Nutritive and non-nutritive sucking patterns associated with pacifier use and bottle-feeding in full-term infants. Early Hum Dev. 2019;132:18-23.

Mendes ACR, Valença AMG, Lima CCM. Associação entre aleitamento, hábitos de sucção não-nutritivos e maloclusões em crianças de 3 a 5 anos. Ciênc Odontol Bras. 2008;11(1):67-75.

Moimaz SAS, Rocha NB, Garbin AJI, Saliba O. A influência da prática do aleitamento materno na aquisição de hábitos de sucção não nutritivos e prevenção de oclusopatias. Rev Odontol UNESP. 2013;42(1):31-6.

Downloads

Publicado

2022-03-15

Como Citar

Alencar, L. B. B. de, Oliveira, E. B. de ., Silva, I. L., Sousa, S. C. A. de, Araújo, V. F. de, & Fonseca, F. R. A. . (2022). Hábitos associados à mordida aberta anterior em crianças : uma revisão integrativa. Arquivos Em Odontologia, 57, 244–252. https://doi.org/10.35699/2178-1990.2021.26537

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)