Mudanças na frequência de higiene bucal durante a pandemia da COVID-19 entre professores

Autores

  • Nayra Suze Souza e Silva Universidade Estadual de Montes Claros
  • Amanda Neves Magalhães Universidade Estadual de Montes Claros
  • Ana Luíza de Souza Damas Universidade Estadual de Montes Claros
  • Anna Paula Silva Dias Universidade Estadual de Montes Claros
  • Isadora Gonçalves Versiani Universidade Estadual de Montes Claros
  • Desirée Sant'Ana Haikal Universidade Estadual de Montes Claros

DOI:

https://doi.org/10.35699/2178-1990.2022.39840

Palavras-chave:

Saúde bucal, Higiene bucal, Saúde do trabalhador, Coronavírus, Inquéritos epidemiológicos

Resumo

Introdução: Cuidar da higiene bucal é fundamental para a manutenção da saúde.

Objetivo: Verificar as mudanças na frequência de higienização bucal entre professores durante a pandemia da COVID-19, segundo sexo.

Métodos: Trata-se de um estudo transversal, do tipo websurvey, realizado com professores da educação básica pública de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu em 2020. A variável dependente foi a frequência de higiene bucal durante a pandemia. Foi realizada Regressão Logística Multinomial.

Resultados: Participaram do estudo 15.641 professores, sendo 81,9% mulheres. Em relação à frequência de higiene bucal, 73,4% relataram que permaneceu a mesma, 20,1% aumentou e 6,5% diminuiu, sem diferença significativa entre os sexos. As chances de diminuição da frequência de higienização bucal foram maiores em mulheres com menos de 60 anos, sem filhos, que testaram positivo para a COVID-19, com piora da saúde durante a pandemia, com aumento de peso corporal durante a pandemia e aquelas que estavam tristes ou deprimidas durante a pandemia. Entre os homens, as chances de redução foram maiores entre aqueles que não moravam com cônjuge, com piora da saúde durante a pandemia, aqueles que estavam tristes ou deprimidos durante a pandemia e entre os fumantes ou ex-fumantes.

Conclusão: A frequência de higienização bucal na pandemia não apresentou diferenças significativas entre os sexos, no entanto, observou-se, em ambos os sexos, que variáveis referentes às características sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde, foram associados ao aumento e diminuição da frequência de higienização bucal na pandemia.

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Publicado

2023-03-08

Como Citar

Silva, N. S. S. e ., Magalhães, A. N. ., Damas, A. L. de S., Dias, A. P. S., Versiani, I. G., & Haikal, D. S. (2023). Mudanças na frequência de higiene bucal durante a pandemia da COVID-19 entre professores. Arquivos Em Odontologia, 59, 3–13. https://doi.org/10.35699/2178-1990.2022.39840

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