Avaliação da satisfação de estudantes de odontologia sobre a qualidade e viabilidade do ensino remoto na pandemia de covid-19

Resumo

Objetivo: Avaliar a satisfação dos estudantes da disciplina de patologia oral de uma universidade brasileira quanto à qualidade e viabilidade do Ensino Remoto Emergencial (ERE). 

Métodos: Tratou-se de uma pesquisa transversal, na qual foi aplicado um questionário virtual para todos os estudantes do 5º período que cursaram a disciplina durante a vigência do ERE. Foram usadas técnicas de estatística descritiva; correlação linear parcial, Coeficiente de Spearman e o Coeficiente Alpha de Cronbach, através do SPSS, versão 23. 

Resultados: Participaram da pesquisa 154 alunos, dos quais, 72,7% era do sexo feminino. Apenas 7,1% conseguiu se preparar antecipadamente para o ERE; 74% concordou que o ERE foi bem estruturado e 59,8% ressaltou  que o aprendizado superou as expectativas. Como pontos críticos apenas 46,8%  se sentiu bem preparado para parte prática/clínica; 38,3% se sentiu motivado a aprender com o uso dos novos métodos de ensino digital e 75,3% dos participantes alegou preferir o ensino presencial em vez do ERE. 42,9% acreditou que o ERE requer menos esforço de tempo e em contrapartida, com maior dificuldade de participação. 44,8%. 54,5% dos participantes relatou que o ensino presencial promove maior transferência de conhecimento quando apenas 7,1% preferiu o ERE. Em relação às características técnicas, 83,1% julgou a qualidade de imagem e som das aulas como boa. Entre as dificuldades percebidas, 10,3%  relatou problemas de conexão com a internet, interferindo no conteúdo. 

Conclusão: O ERE se mostrou uma ferramenta importante no período pandêmico da COVID-19, como medida emergencial e pontual para evitar a parada dos estudos, promovendo a continuidade do aprendizado da disciplina em questão, uma vez que estudantes de saúde tinham grande risco de contágio dentro do contexto.