Tumores malignos em região de cabeça e pescoço no público infanto-juvenil

revisão narrativa da literatura

Autores

  • Rebeca Tavares Freitas Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
  • Marlene Xavier de Andrade Damasceno Faculdade Adventista da Bahia
  • Michele Rosas Couto Costa Faculdade Adventista da Bahia
  • Illa Oliveira Bitencourt Farias Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
  • Alena Ribeiro Alves Peixoto Medrado Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
  • Juliana Borges de Lima Dantas Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública / Faculdade Adventista da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.35699/2178-1990.2023.47940

Palavras-chave:

Neoplasias, Criança, Adolescente

Resumo

Objetivo: Verificar as características clínico-histopatológicas dos tumores malignos infanto-juvenis de maior ocorrência em região de cabeça e pescoço, bem como seus respectivos tratamentos e prognóstico.

Métodos: Tratou-se de uma revisão narrativa da literatura. Foram utilizadas as plataformas Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências (LILACS), Scientific Eletronic Libray Online (SCIELO) e PubMed, mediante cruzamento de descritores DeCS/MeSH com os operadores booleanos, além de busca livre secundária. Após todas as etapas de refinamento, um total de 34 artigos foram incluídos.

Resultados: Apesar do câncer ser relativamente raro no público infanto-juvenil, no Brasil, representa elevada mortalidade na infância. Os tipos de neoplasias mais comuns em cabeça e pescoço são: carcinoma mucoepidermóide, de células escamosas (CEC) e osteossarcoma, além do rabdomiossarcoma e carcinoma de células acinares. A glândula parótida é a mais acometida por tumores glandulares na infância. O rabdomiossarcoma é o câncer de células musculares mais frequente em crianças e adolescentes, e o CEC é uma neoplasia menos comum neste público, porém pode apresentar caráter agressivo e prognóstico desfavorável, assim como o osteossarcoma. O tratamento é multimodal devido às diferenças comportamentais dessas neoplasias.

Conclusão: Apesar do câncer de cabeça e pescoço apresentar baixa prevalência no público infanto-juvenil, o conhecimento acerca das características clínicas e histopatológicas pode favorecer o diagnóstico imediato e o tratamento precoce.

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Publicado

2024-01-22

Como Citar

Freitas, R. T., Damasceno, M. X. de A., Costa, M. R. C., Farias, I. O. B., Medrado, A. R. A. P., & Dantas, J. B. de L. (2024). Tumores malignos em região de cabeça e pescoço no público infanto-juvenil: revisão narrativa da literatura. Arquivos Em Odontologia, 59, 273–282. https://doi.org/10.35699/2178-1990.2023.47940

Edição

Seção

Artigos