Perfil Epidemiológico dos Tratamentos para Disfunção Temporomandibular e Dor facial na Atenção Ambulatorial do Brasil
um estudo transversal retrospectivo
DOI:
https://doi.org/10.35699/2178-1990.2025.57042Palavras-chave:
Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular, Dor facial, Sistema Único de SaúdeResumo
Introdução: A Disfunção Temporomandibular e Dor Facial (DTM/DF) são caracterizadas por dor associada à região da face, pescoço e estruturas da cavidade oral, tendo como etiologia problemas neurológicos, musculares, psicossociais e/ou traumáticos.
Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos tratamentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) quanto à Disfunção Temporomandibular e Dor Facial Atípica.
Metodologia: Estudo transversal realizado com dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA/SUS), acessados por meio do servidor FTP (File Transfer Protocol) do DATASUS. Foram analisados procedimentos realizados no Brasil em 2023, com diagnósticos principais de Transtornos da Articulação Temporomandibular (CID-10: K07.6) ou Dor Facial Atípica (CID-10: G50.1). Analisaram-se características sociodemográficas (faixa etária, sexo, raça/cor, região de residência) e dos atendimentos (procedimento, diagnóstico, complexidade, caráter). Foram calculadas estatísticas descritivas.
Resultados: Em relação às características sociodemográficas dos pacientes, a faixa etária na qual foi mais realizado o tratamento de DTM e Dor Facial Atípica foi a de 20-59 anos, com destaque para sexo feminino (71,9%), de raça/cor parda (76,4%). A região Sudeste concentrou a maioria dos procedimentos (52,3%), sendo realizada majoritariamente devido à Disfunção Temporomandibular (76,0%) e em estabelecimentos de Média Complexidade (74,0%). Os procedimentos mais comuns foram “Consulta de profissionais de nível superior na atenção especializada (exceto médico)” (19,8%), “Consulta médica em atenção especializada” (14,2%) e “Atendimento médico em unidade de pronto atendimento” (12,9%).
Conclusões: Destarte, quanto à distribuição sociodemográfica a região Sudeste se destacou pela quantidade de procedimentos efetivados, pacientes da faixa etária adulta (20 a 59 anos), da cor/raça parda e do sexo feminino, sendo majoritariamente atendidos em estabelecimentos de média complexidade, com os respectivos procedimentos de consulta de profissionais de nível superior na atenção especializada, consulta médica em atenção especializada e atendimento médico em unidade de pronto atendimento.
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