A história mestra da vida no Iluminismo francês: um olhar sobre as concepções de história de Montesquieu e Voltaire
Resumo
A tradição da história como mestra da vida exerceu papel fundamental nos modos de interpretação e de usos da história da Antiguidade até o Iluminismo, quando novas perspectivas, como a ascensão da crença no progresso, levou ao declínio da constituição exemplar de sentido nessa configuração tradicional. O presente trabalho tem por objetivo investigar como os ilustrados deram início a esse processo de reorientação, tentando identificar, em meio aos novos caminhos abertos para a filosofia da história, eventuais permanências da concepção clássica. Para tanto, limitando-se a uma incursão no Iluminismo Francês, pretende-se examinar os caracteres principais da percepção da história de dois dos principais nomes da primeira geração, Montesquieu e Voltaire. Constata-se, entre outros aspectos, que o declínio assinalado por Koselleck pode ser identificado em ambos os filósofos, mas, junto ao novo apelo à razão, a historia magistra vitae foi parcialmente aproveitada pelos ilustrados para os seus propósitos.
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