Blockchain como alternativa para contornar os vícios da democracia representativa
DOI:
https://doi.org/10.69881/rcaap.v24i1.47040Resumo
O termo democracia tem sua origem na Grécia antiga e foi utilizado para denotar o sistema político que vigorava na época em algumas cidades-estados gregas. O conceito tipifica a participação política do povo no poder, invocando-o como detentor e titular de tal poder político. Da antiguidade até o período contemporâneo, a democracia foi remoldada com novos contornos semânticos: além de sua forma direta que estava presente em sua origem, foi acrescida a ela a forma indireta. Neste último sistema, o povo ainda continua com a titularidade do poder, todavia o exercício deste é transferido a representantes eleitos (democracia representativa). No cenário atual, principalmente, em países que estavam sob o domínio de governos autoritários, há uma dissonância entre a democracia representativa e a soberania popular, os interesses do povo nas deliberações políticas são muitas vezes permutados pelo interesse dos representantes. Sob essa perspectiva, o presente artigo visa trazer uma alternativa, capaz de sanar ou minimizar os vícios presentes na democracia representativa, tal alternativa é o chamado blockchain, mecanismo tecnológico que permite uma maior participação popular nas deliberações políticas e na fiscalização de representantes. Esse mecanismo é abarcado pelo conceito de democracia líquida.
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