VALIDAÇÃO DE INFORMAÇÕES INTERCENSITÁRIAS (1991-2000) EM ESCALA INTRA-URBANA EM BELO HORIZONTE
DOI:
https://doi.org/10.29327/249218.10.10-6Palavras-chave:
setor censitário, fotografia aérea, SIG , geoprocessamentoResumo
Este artigo trata das possibilidades de utilização de fotografias aéreas inseridas em Sistemas de Informação Geográficos (SIGs), com o objetivo elucidar a dinâmica intra-urbana nos setores censitários dos censos de 1991 e 2000, realizados pelo IBGE. O município de Belo Horizonte foi escolhido como área de estudo, por ter apresentado nesse período um constante adensamento domiciliar em sua área urbana e possuir fotografias aéreas de datas próximas aos dois últimos censos (1989 e 1999). Desta maneira, foram mapeados e selecionados os setores censitários marcados por um comportamento anômalo, ou seja, que apresentaram alto decréscimo de domicílios no período intercensitário, sugerindo um esvaziamento populacional em áreas nas quais se esperaria observar adensamento urbano. A partir dos dados de crescimento domiciliar e dos resultados da interpretação visual das fotografias nas duas datas, verificou-se que a Taxa de Crescimento Geométrico (TCG) negativa encontrada nestes setores anômalos não corresponde com a realidade exposta nos levantamentos aerofotogramétricos, que apresentaram um crescimento domiciliar positivo. Para validar as informações presentes no Censo 2000, foi realizada a comparação entre o número de endereços disponibilizados pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2003 e os dados do IBGE em 2000, através de uma análise estatística de variância (ANOVA). Foi constatado que o número de domicílios apresentado no Censo 2000 está estatisticamente próximo ao número apresentado pela Prefeitura de Belo Horizonte, o que valida a boa qualidade das informações censitárias intra-urbanas do último censo. Tal fato vem elucidar a ocorrência de falhas na aquisição e/ou tabulação das informações censitárias de 1991 na escala intra-urbana.