O MURO ESTADUNIDENSE: UMA GEOPOLÍTICA DO DESENCONTRO
DOI:
https://doi.org/10.29327/249218.8.8-10Palavras-chave:
Segregação socioespacial, Conflitos territoriais, México , Estados UnidosResumo
Trabalhos relacionados à produção de fronteiras constituem, no âmbito da geografia, temática tradicional. Entretanto, por razões históricas e epistemológicas, estudos de geografia política tornaram-se mais raros - não por mero acaso - após a Segunda Guerra. Consequentemente, escassearam-se também, os debates e as pesquisas sobre fronteiras. Todavia, estão sendo retomados, mais recentemente, alguns estudos dessa natureza. Neste artigo, procurou-se investigar os rearranjos territoriais provocados pelos novos muros erigidos entre povos e países bem como as fronteiras segregacionistas que estão sendo criadas e reforçadas, tomado como base o muro estadunidense situado na fronteira com o México. A análise crítica dos temas investigados revelou que mais a conversão territorial de um geopolítica estatal de segregação social, o muro estadunidense ofende e agride mas representa também força e segurança que inspira desprezo e indiferença, ao mesmo tempo que atrai atitudes transgressoras.