Análise da temperatura de superfície de vilas e aglomerados de Belo Horizonte através de série temporal de imagens de sensoriamento remoto
DOI:
https://doi.org/10.29327/248949.20.20-1Palavras-chave:
Temperatura de superfície, Vilas e aglomerados, Núcleos de calor urbano, Sensoriamento RemotoResumo
Diante da baixa cobertura por estações meteorológicas oficiais para avaliar fenômenos climáticos urbanos, o sensoriamento remoto se destaca como interessante recurso, podendo ser empregado para a detecção de núcleos de calor. Dessa forma, a pesquisa objetivou estudar a distribuição temporal e espacial da temperatura de superfície no município de Belo Horizonte, identificando a possível relação de núcleos de calor com a localização de vilas e aglomerados, que ocupam 5% do território. Foram utilizadas imagens do satélite Landsat-8 entre os anos de 2013 e 2020, a partir das quais se calculou a temperatura superficial para conjunto de 29 datas distintas. Os resultados indicaram que não necessariamente as vilas e aglomerados figuram como núcleos térmicos significativos, tendo sido mais associados a galpões e estruturas com extenso revestimento metálico, que se mostraram até 8,7°C mais quentes, em média, do que as superfícies de entorno. A pesquisa, porém, não foi suficiente para responder se, do ponto de vista da temperatura do ar, os espaços investigados apresentam comportamento distinto quando comparados aos bairros com padrão ordenado de arruamento e edificações.