Quilombismo editorial e ethos discursivo

uma análise do site da Mazza edições

Autores

  • Luiz Henrique Silva de Oliveira Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.17851/2238-3824.27.1.228-245

Palavras-chave:

Mazza edições, quilombismo, ethos discursivo

Resumo

A proposta deste artigo é analisar o discurso de apresentação contidos no site da Mazza Edições (https://www.mazzaedicoes.com.br). Para tanto, tomaremos duas categorias essenciais: o quilombismo e o ethos discursivo. Os quilombos, segundo Abdias do Nascimento não e resumiram apenas a arregimentações sociais, constituídas por pessoas escravizadas, em territórios de exploração colonial. A solidariedade e a resistência são características marcantes destes coletivos. Tais características amparam as práticas chamadas por Nascimento de quilombismo. O autor propõe entender o quilombismo como estratégia contemporânea de enfrentamento de diversas ordens promovida pelo coletivo afrodescendente diante das inúmeras formas de discriminação e racismo. O campo editorial, por sua vez, não fica imune às práticas excludentes. Vale ressaltar que Oliveira propõe a noção de “quilombos editoriais” para classificar as iniciativas responsáveis por grande parcela da produção e circulação intelectual afro-brasileira. Já o ethos discursivo, segundo Dominique Maingueneau, é construído em suas múltiplas relações com os outros (sujeitos e discursos) e como eles emergem na articulação entre variados elementos (verbais e não verbais, éticos e estéticos) os quais necessitam da incorporação do interlocutor para apreendê-los em um conjunto complexo de representações sociais e culturais. Acreditamos que a junção entre quilombismo e ethos oferece mecanismos que auxiliam na compreensão do processo de colocação no campo cultural das casas ou quilombos editoriais.

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Publicado

2024-08-04

Como Citar

de Oliveira, L. H. S. (2024). Quilombismo editorial e ethos discursivo: uma análise do site da Mazza edições. Caligrama: Revista De Estudos Românicos, 27(1), 228–245. https://doi.org/10.17851/2238-3824.27.1.228-245

Edição

Seção

IV DIVERMINAS SERtão GERAIS