O estilo na crítica textual
domínios de aplicação e a questão da variação linguística
DOI:
https://doi.org/10.17851/2238-3824.28.1.6-25Schlagworte:
Crítica Textual, Paleografia, Variação Linguística, EstilísticaAbstract
O presente trabalho tem como objetivo discutir o papel do estilo na crítica textual, enfocando especialmente seus domínios de aplicação e a questão da variação linguística. Há dois momentos em que o estilo é utilizado como critério para resolução de tarefa: na transcrição de testemunhos e na seleção de variantes. Uma das grandes dificuldades para a aplicação do critério do estilo na seleção de variantes está relacionada à variação linguística. Com base na discussão realizada, defendeu-se que, para operacionalizar a aplicação desse critério em casos de variação linguística, é pertinente considerar a frequência das variantes, o que significa ser necessário conjugar uma abordagem qualitativa com quantitativa.
Downloads
Literaturhinweise
CÂMARA JR., J. M. Contribuição à estilística portuguesa. 3. ed. rev. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1978.
CAMBRAIA, C. N. Livro de Isaac: edição e glossário (cód. ALC 461). 2000. 753 f. Tese (Doutorado em Filologia e Língua Portuguesa) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas, Universidade de São Paulo, 2000.
CAMBRAIA, C. N. Crítica textual & lingüística histórica: a questão dos diacríticos. Caligrama: Revista de Estudos Românicos, Belo Horizonte, v. 8, p. 21-40, 2003. DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2238-3824.8.0.21-40.
CAMBRAIA, C. N. Introdução à crítica textual. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
CAMBRAIA, C. N. Variantes textuais nas versões portuguesas medievais do Livro de Isaac: o caso dos pares sinônimos. In: LARA, G. M. P.; COHEN, M. A. (Org.). Lingüística, tradução, discurso. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. p. 27-40.
CAMBRAIA, C. N. Livro de Isaac: edição crítica da tradução medieval portuguesa da obra de Isaac de Nínive. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2017.
CAMBRAIA, C. N. Encruzilhadas do editor: diferenças na tomada de decisão na edição crítica e na edição interpretativa. Calíope: Presença Clássica, Rio de Janeiro, v. 36, n. 38, p. 4-23, 2019. DOI: https://doi.org/10.17074/cpc.v2i38.28853.
CUNHA, A. G. da. Vocabulário histórico-cronológico do português medieval. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2020. Disponível em: http://medieval.rb.gov.br. Acesso em: 28 jan. 2022.
ENKVIST, N. E. Definindo estilo. In: ENKVIST, N. E.; SPENCER, J.; GREGORY, M. J. Linguística e estilo. 2. ed. São Paulo: Cultrix/Ed. da USP, 1974. p. 15-72.
LABOV, W. Quantitative reasoning in Linguistics. Philadelphia, 2008. Disponível em: https://www.ling.upenn.edu/~wlabov/Papers/QRL.pdf. Acesso em: 28 jan. 2022.
MacPHAIL JR., J. A. Porphyry’s ‘Homeric Questions’ on the ‘Iliad’: text, translation, commentary. Berlin: Walter De Gruyter, 2010.
MARTINS, N. S. Introdução à estilística: a expressividade na língua portuguesa. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2008.
MAURER JR., T. H. Gramática do latim vulgar. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1959. (Biblioteca Brasileira de Filologia, 16).
METZGER, B. M. The text of the New Testament: its transmission, corruption, and restoration. 3. enlarged. ed. New York/Oxford: Oxford University Press, 1992.
MOUNIN, G. Introdução à linguística. Lisboa: Iniciativas, 1968.
PASQUALI, G. Storia della tradizione e critica del testo. 2. ed. 1. rist. Firenze: Le Lettere, 1988.
PFEIFFER, R. History of classical scholarship: from the begining to the end of the hellenistic age. London: Sandpiper Books, 1998.
TEYSSIER, P. História da língua portuguesa. 5. ed. Lisboa: Sá da Costa, 1993. (Nova Universidade, Linguística, 5).
WEINREICH, U.; LABOV, W.; HERZOG, M. Empirical foundations for theory of language change. In: LEHMANN, W. P.; MALKIEL, Y. (ed.). Directions for historical linguistics. Austin: University of Texas Press, 1968. p. 95-195.
WETTSTEIN, J. J. Ἡ καινὴ διαθήκη: Novum Testamentum graecum. Amstelaedami: Ex Officina Domeriana, 1752. Disponível em: https://books.google.com/books?id=QJFaAAAAYAAJ. Acesso: 28 jan. 2022.
WILLIAMS, E. B. Do latim ao português: fonologia e morfologia históricas da língua portuguêsa. 5 ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1991. (Tempo Universitário, 37).