Le Cygne de Charles Baudelaire
a emergência da alegoria entre-mundos a partir da flânerie
DOI:
https://doi.org/10.17851/2238-3824.28.2.210-234Palabras clave:
Caminhada, Baudelaire, Flânerie, Errância, Modernidade, AlegoriaResumen
Desde sua origem, o caminhar enquanto prática estética está estritamente ligado à ociosidade, e essa característica permite o privilégio de realizá-lo através do ritmo da errância. Essa prática tem um elo muito forte, sobretudo, com a produção simbólica humana, desde os primórdios. Assim, enquadra-se em uma atitude simbólica e libertadora para o caminhante. Neste trabalho, almejamos analisar como a soma de metáforas, de onde emerge todo o significado da modernidade histórica baudelairiana, materializada na alegoria do Cisne enquanto poeta e exilado em seu próprio tempo, se apresenta no poema Le Cygne (“O Cisne”) publicado na seção Tableaux Parisiens da segunda edição de Fleurs du mal em 1861 à luz da interpretação de Benjamin (1984, 2009, 2019) e Hanson (2006) sobre alegorias e dos estudos de Hazan (2017) sobre a transformação urbana de Paris no século XIX.
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