Os nomes próprios de rios do território de identidade 6 – Baixo sul (Bahia)

Auteurs

  • Celina Márcia de Souza Abbade Universidade do Estado da Bahia

DOI :

https://doi.org/10.17851/2238-3824.27.1.81-108

Mots-clés :

toponímia, onomástica, Bahia, Atlas Toponímico, rios

Résumé

A partir da onomástica, ramo da lexicologia que estuda os nomes próprios, a toponímia vem buscando estudar os nomes próprios dos lugares que existem nesse mundo. Partindo de um projeto maior, o Atlas Toponímico da Bahia (ATOBAH), que objetiva estudar os topônimos baianos, começando pelos que designam os acidentes físicos relacionados às águas, esta pesquisa apresenta os topônimos que designam os principais rios que pertencem ao Território de Identidade 6 – Baixo Sul. Esse território é composto por quinze municípios: Aratuípe, Jaguaripe, Cairu, Valença, Taperoá, Nilo Peçanha, Ituberá, Igrapiúna, Camamu, Ibirapitanga, Piraí do Norte, Gandu, Wenceslau Guimarães, Teolândia e Presidente Tancredo Neves. Este trabalho fundamenta-se na perspectiva dos estudos toponímicos, a partir dos fundamentos teóricos de Dick, assim como nos estudos desenvolvidos acerca dos atlas toponímicos de diversos estados brasileiros, como o Atlas Toponímico do Estado de Minas Gerais (Atemig) coordenado por Seabra, e o Atlas Toponímico do Estado de Mato Grosso do Sul (Atems), sob a coordenação de Isquerdo, dentre outros. Sabendo que os topônimos são marcas de identidade de um grupo e que, por isso, integram o patrimônio cultural de um povo, os aspectos revelados a partir de um estudo onomástico/toponímico, além do fazer linguístico, permeiam caminhos históricos, arqueológicos, geográficos, genealógicos e socioculturais dos nomeadores, resgatando e preservando a memória e a identidade de grupos que habitam e/ou habitaram o espaço em estudo.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

ABBADE, C. M. S. ATOBAH: proposta de elaboração do Atlas

Toponímico da Bahia. Caletroscópio, Ouro Preto, v. 4, p. 576-588, 2016.

BAHIA. Lei no 12.926. Atualiza os limites dos municípios que integram o Território de Identidade Baixo Sul, na forma da Lei 12.057. Diário Oficial do Estado da Bahia, Salvador, 18 dez. 2013.

BAHIATURSA. Anuário de estatística. Costa do Dendê: SEI, 2001.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Plano Territorial

de Desenvolvimento Sustentável do Território Baixo Sul da Bahia. Brasília, DF: Ministério do Desenvolvimento Agráfio, 2010. Disponível

em: .

Acesso em: 24 fev. 2022.

CASTRO, Y. P. Falares africanos na Bahia: um vocabulário afro-

brasileiro. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2005.

CORREIA, C. M. P.; ABBADE, C. M. S. Presença abençoada ou ausência sentida: a água na toponímia da Bahia. A Cor das Letras, Feira de Santana, v. 18, n. 2, p. 260-270, 2017. Disponível em: . Acesso em: 3 nov. 2019.

CUNHA, A. G. Dicionário etimológico da língua portuguesa. 4. ed. Rio

de Janeiro: Lexikon, 2010.

DICK, M. V. P. A. Atlas toponímico do Brasil: teoria e prática II. Trama,

Cascavel, v. 3, n. 5, p. 141-111, 2007.

______. Rede de conhecimento e campo lexical: hidrônimos e hidrotopônimos na onomástica brasileira. In: ISQUERDO, A. N.;

KRIEGER, M. G. As ciências do léxico: lexicologia, lexicografia e

terminologia. Campo Grande: Editora da UFMS, 2004. v. 3.

______. A dinâmica dos nomes na Cidade de São Paulo: 1554-1897. 2. ed. São Paulo: Annablume, 1997.

______. Atlas toponímico: um estudo de caso. Revista da SBPL, São

Paulo, v. 6, 1996.

______. Coletânea de estudos. 3. ed. São Paulo: FFLCH, 1992.

______. A motivação toponímica e a realidade brasileira. São Paulo:

Edições Arquivo do Estado, 1990.

DICK, M. V. P. A.; SEABRA, M. C. T. C. Caminho das águas, povos

dos rios: uma visão etnolinguística da toponímia brasileira. Cadernos do CNLF, Rio de Janeiro, v. 5, p. 25-32, 2002.

GREGÓRIO, I. J. Contribuição indígena ao Brasil. Belo Horizonte:

União Brasileira de Educação e Ensino, 1980.

GUÉRIOS, R. F. M. Dicionário etimológico de nomes e sobrenomes. 3.

ed. São Paulo: Ave Maria, 1981.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. S.; FRANCO, F. M. M. Dicionário Houaiss

da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss de

Lexicografia, 2001.

IBGE. Glossário de termos genéricos dos nomes geográficos utilizados

no mapeamento do Brasil: coordenação de cartografia. Rio de Janeiro: IBGE, 2018.

ISQUERDO, A. N. Léxico regional e léxico toponímico: interfaces

linguísticas, históricas e culturais. In: ISQUERDO, A. N.; SEABRA,

M. C. T. C. (orgs.). As ciências do léxico: lexicologia, lexicografia,

terminologia. Campo Grande: Editora da UFMS, 2012, p. 115-139.

______. O nome do município: um estudo etnolinguístico e sócio-

histórico na toponímia sul-mato-grossense. Revista Prolíngua, João Pessoa, v. 2, n. 2, p. 34-52, 2008.

______. A toponímia como signo de representação da realidade. Fronteiras, Campo Grande, v. 1, n. 2, p. 27-46, 1997.

ISQUERDO, A. N.; DARGEL, A. P. T. P. Hidronímia e toponímia:

interinfluências entre meio ambiente e história. In: ENCONTRO

INTERMEDIÁRIO DO GT DE LEXICOLOGIA, LEXICOGRAFIA E

TERMINOLOGIA DA ANPOLL, 9, 2013, Caxias do Sul. Anais... Caxias

do Sul: ENGTLEX, 2013.

NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica

do Brasil. São Paulo: Global, 2013.

SAMPAIO, T. O tupi na geografia nacional. 5. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1987.

SEABRA, M. C. T. C. Atemig: Atlas Toponímico do Estado de

Minas Gerais: variante regional do Atlas Toponímico do Brasil. In:

MAGALHÃES, J. S.; TRAVAGLIA, L. C. (orgs.). Múltiplas perspectivas

em Linguística. Uberlândia: Edufu, 2008. v. 1, p. 1945-1952.

______. A formação e a fixação da língua portuguesa em Minas Gerais: a toponímia da Região do Carmo, 2004, 368 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2004.

______. Referência e onomástica. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE

LETRAS E LINGUÍSTICA, 1, 2006, Uberlândia. Anais... Uberlândia:

ILEEL, 2006.

SILVA, R. T. C. “Iô-iô Carigé dá cá meu papé”: a atuação da sociedade

libertadora bahiana e a agência escrava nos últimos anos da escravidão (1883-1888). In: ENCONTRO ESCRAVIDÃO E LIBERDADE NO BRASIL MERIDIONAL, 5, 2011, Porto Alegre. Anais... [s. l.: s. n.], 2011. Disponível em:

images/Textos5/silva%20ricardo%20tadeu%20caires.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2022.

SEI. Perfil dos territórios de identidade. Salvador: SEI, 2016.

______. Estatísticas dos municípios baianos. Salvador: SEI, 2012.

SOUZA, B. J. Dicionário da terra e da Gente do Brasil: onomástica geral da geografia brasileira. Itatiaia: Belo Horizonte, 2004.

UBATÃ. Diário Oficial de Ubatã. Ubatã, 18 jun. 2020, p. 7-8. Disponível em: . Acesso em: 24 abr. 2022.

Téléchargements

Publiée

2024-08-04

Comment citer

Abbade, C. M. de S. (2024). Os nomes próprios de rios do território de identidade 6 – Baixo sul (Bahia). Caligrama: Revista De Estudos Românicos, 27(1), 81–108. https://doi.org/10.17851/2238-3824.27.1.81-108

Numéro

Rubrique

IV DIVERMINAS SERtão GERAIS