Regulação normativa do uso das formas de tratamento do português
um estudo diacrônico e discursivo
DOI :
https://doi.org/10.17851/2238-3824.27.2.6-23Mots-clés :
formas de tratamento, regulações normativas, diacronia, Análise do DiscursoRésumé
As instâncias de regulação tentam controlar os usos linguísticos e os sentidos sobre a língua, a partir de uma variedade linguística idealizada, associada à assimetria de poder indicada pela forma usada por um determinado grupo, correspondendo a um conjunto de regras que definem as relações entre os membros da sociedade. Assim, objetiva-se realizar uma leitura diacrônica e discursiva de instrumentos normativos que versam sobre a regulação do uso das formas de tratamento do português, dos séculos XVI, XVIII e XXI, em Portugal e no Brasil. Para a análise dos materiais, mobilizou-se a teoria e os métodos da diacronia, bem como os princípios e os procedimentos da Análise do Discurso de linha francesa, proposta por Michel Pêcheux, na França, na década de 60, e divulgada e ampliada, no Brasil, por Eni Orlandi. Como resultado, observamos que o fio que permeia os discursos produzidos a partir dos instrumentos normativos analisados preserva os pressupostos da tradição europeia no uso das formas de tratamento; contudo, aprimora-se com novos dizeres acerca de uma igualdade idealizada que será, supostamente, alcançada por meio de umas e não outras formas de tratamento.
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