Os lugares e o nome (A configuração do espaço sertanejo no Romantismo)
DOI:
https://doi.org/10.17851/2359-0076.18.22.115-132Abstract
O objetivo desse artigo é analisar o significado que a palavra “sertão” assume em alguns textos produzidos no século XIX – em especial no romance O sertanejo, de José de Alencar. Partindo do pressuposto de o sertão ser, além de uma região geográfica, um espaço ficcional constituído pelas diversas narrativas que foram forjando suas imagens ao longo do tempo, procuro determinar como dicionaristas, viajantes e romancistas compreenderam esse termo e caracterizaram esse espaço em seus textos.
This paper aims to analyze the meaning of the word “sertão” (usually translated as “the backland”) in some texts written in the nineteenth-century — specially in “O sertanejo”, a novel by José de Alencar. Beginning with the theory that the “sertão” is an imaginary place in literature created over time by various narratives, I have tried to identify how some lexicographers, travellers and novelists understood this word and depicted this space in theirs works.