Cine-Poema: a poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen no filme de João César Monteiro
DOI:
https://doi.org/10.17851/2359-0076.38.60.173-187Schlagworte:
Hans Gumbrecht, presença, espaço, instigação.Abstract
Resumo: “O poeta é levado a buscar a justiça.” As palavras de Sophia de Mello Breyner, pronunciadas no documentário com que João César Monteiro inicia a sua filmografia, revelam a responsabilidade social com que ambos os artistas – cineasta e poetisa – encararam o percurso e posições públicas assumidas, ainda que em estilos claramente distintos. Sophia, filme que ocupa um lugar de destaque no Novo Cinema Português e que vem dar nome aos Prémios da Academia Portuguesa de Cinema, é a obra em análise no presente artigo. Reflectindo sobre o diálogo estabelecido entre os dois lados da câmara e a assumida vontade do realizador em buscar uma essência do Cinema, tentaremos identificar o modo como o espaço é filmado, na sua relação com a personagem e com o tipo de documentário resultante.
Palavras-chave: Sophia, Hans Gumbrecht, presença, espaço.
Abstract: “The poet is brought to seek justice.” The words of Sophia de Mello Breyner, pronounced in the documentary with which João César Monteiro begins his filmography, reveal the social responsibility with which both artists – the filmmaker and the poet - faced the course and assumed public positions, even though in distinctly different styles. Sophia, a film that occupies a prominent place in the New Portuguese Cinema and that is now used by the Prizes of the Portuguese Film Academy, is the work in analysis in the present article. Reflecting on the dialogue established between the two sides of the camera and the director’s willingness to pursue an essence of cinema, we will try to identify the way space is filmed, its relationship to the character and the type of documentary that comes up.
Keywords: Sophia, Hans Gumbrecht, presence, space.