Respiros
os desenhos de Hilda Hilst
DOI:
https://doi.org/10.17851/2359-0076.44.71.85-104Schlagworte:
Hilda Hilst, desenhos, poesiaAbstract
Hilda Hilst gostava de desenhar. Segundo a própria poeta, ela desenhava quando o exercício da escrita se lhe tornava pesado e, assim, traçava no papel suas atribulações para “dar uma respirada”. Em Da Morte, Odes mínimas (1980), obra na qual somos apresentados a um eu-lírico que mantém uma assustadora intimidade com a morte, há seis aquarelas feitas por Hilst, nas quais há um movimento de integração em que as dicotomias entre humano e animal, morte e sujeito, conhecido e desconhecido, se hibridizam, alargando a experiência de vida. Tomando como ponto de partida tais ilustrações, este artigo pretende ensaiar possibilidades de leitura sobre os sentidos que ligam o traço do desenho de Hilst à sua poética.
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