A dança da ortografia
DOI:
https://doi.org/10.17851/2359-0076.32.47.269-281Abstract
A reforma ortográfica de 2009 apresenta vantagens em relação à ortografia anterior? Houve algum ganho, alguma melhoria do ponto de vista linguístico? O presente artigo procura discutir essas questões, a partir da análise das novas regras impostas pela reforma ortográfica de 2009. A conclusão a que se chega é que andamos para trás – ou seja, o suposto “acordo ortográfico” não existe (uma vez que Brasil e Portugal continuam a grafar distintamente várias palavras) e, grosso modo, o sistema ortográfico aprovado em 2009 é pior do que o que estava anteriormente em vigor.
Does the 2009 spelling reform bring any advantage over the previous system, adopted in 1971? Was there any improvement from the linguistic point of view? This article discusses these questions by analyzing the spelling rules established by the 2009 reform, and comes to the conclusion that there was no progress. The so-called “orthographic agreement” (between the Portuguese-speaking countries) does not exist, since the systems used in Brazil and Portugal remain different; and the 2009 spelling system is, on the whole, less adequate than the system previously in use.