Uma arte dessueta e démodée

Auteurs

  • Teodoro Rennó Assunção

DOI :

https://doi.org/10.17851/2359-0076.26.36.101-140

Résumé

O artigo analisa textos do poeta português Alexandre O’Neill, como  exemplos de continuidade com a poesia jocosa e satírica do século  XVIII, voltada, não para o belo e o bom, mas para o feio e o desagradável.  Enfatizam-se afinidades dessas e de outras manifestações literárias com  a arte abjeta e com a exploração da dor e da violência em performances  e nas artes visuais. Discutindo a relação entre essas criações atuais e a  arte do passado, o artigo conclui com uma reflexão sobre a função  retórica das produções analisadas no mundo contemporâneo.

The text discusses two texts by the contemporary poet Alexandre O’Neill  as instances of a continuity with XVIIIth-century Arcadian and jocular  Portuguese poetry, which drew its inspiration not from the good and  the beautiful, but from the ugly and the unpleasant. Affinities of these  and other literary manifestations with abject art and with the exploration  of pain and violence in performances and in the visual arts are also  underlined. Discussing the relation between such present-day creations  and past art, the essay ends up with a reflection on the rhetorical role of  this kind of production in the contemporary world.

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Publiée

2006-12-31

Comment citer

Uma arte dessueta e démodée. (2006). Revista Do Centro De Estudos Portugueses, 26(36), 101-140. https://doi.org/10.17851/2359-0076.26.36.101-140