“Brilho como espelho”: tensões entre fingimento e testemunho em Sylvia Plath / “I Gleam Like a Mirror”: Tensions Between Pretending and Testimony in Sylvia Plath
DOI :
https://doi.org/10.17851/2359-0076.39.61.197-211Mots-clés :
Sylvia Plath, poesia, fingimento, testemunho, poetry, pretending, testimony.Résumé
Resumo: Este trabalho trata da tensão entre testemunho e fingimento na poesia de Sylvia Plath. Veremos que, na obra da poeta, há uma tensão entre a poesia que finge e a poesia que testemunha, similar à tensão que é possível estabelecer entre a poesia de Fernando Pessoa e a poética do testemunho formulada por Jorge de Sena. Tais concepções de poesia são cotejadas, principalmente, com um artigo de George Steiner sobre a obra da poeta, com formulações de Giorgio Agamben sobre o testemunho e com propostas críticas de Marcos Siscar relacionadas ao lugar de fala da poesia. Dessa forma, é possível elucidar como Sylvia Plath atinge uma modalidade de testemunho dotado de valor histórico e que expõe o lugar de fala próprio da poesia.
Palavras-chave: Sylvia Plath; poesia; fingimento; testemunho.
Abstract: This work is about the tensions between pretending and testimony in Sylvia Plath’s poetry. We will notice that, in her work, there is a tension between the poetry that pretends and the poetry that testifies, which is similar to the tension that is possible to establish between Fernando Pessoa’s poetry and the poetics of testimony formulated by Jorge de Sena. These conceptions of poetry are collated, mainly, with an article by George Steiner about the poet, with formulations by Giorgio Agamben about the testimony and with Marcos Siscar’s critical proposals related to the place of speech of Poetry. Thus, it is possible to elucidate how Sylvia Plath reaches a type of testimony endowed with historical value and that shows a place of speech that belongs specifically to poetry.
Keywords: Sylvia Plath; poetry; pretending; testimony.