Mulheres sob escombros n’A cidade de Ulisses
DOI:
https://doi.org/10.17851/2359-0076.41.66.85-101Schlagworte:
literatura portuguesa, estudos de gênero, ekphrasis, maternidade, Teolinda GersãoAbstract
Após uma década de publicação, o premiado A cidade de Ulisses (2011) confirma a análise de Gomes, para quem “Teolinda Gersão é uma das escritoras que mais tem contribuído para a renovação do romance contemporâneo em Portugal” (GOMES, 1993, p. 82). Nesse artigo, buscaremos analisar a obra a partir dos pressupostos legados por esse teórico, investigando, ainda, a ekphrasis com que Teolinda evoca, nas artes plásticas, o imaginário mítico acerca de Ulisses, suposto fundador da cidade de Lisboa. A fim de compreender a relação que o romance estabelece com as artes visuais contemporâneas, utilizaremos o embasamento teórico de Canclini (2016) e Latour (2009). Interessa, ainda, compreender uma questão central para a construção dessa narrativa: a negação da maternidade e o controle dos corpos femininos pela sociedade ocidental, em consonância com as teorias de Kitzinger (1996), Woolf (1992) e Beauvoir (1970). Por fim, veremos, por meio dessa análise, como a obra de Gersão aponta para a transmutação da realidade em outros mundos possíveis.
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Literaturhinweise
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