Eu te amo. Tu me amas. Nós sofremos e assim morremos de e por amor

Autori

  • Nadiá Paulo Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.17851/2359-0076.19.25.85-101

Abstract

Os escritores do século XIX inventaram um culpado forte e poderoso para continuar acreditando no mito da Felicidade, quer como projeto político quer como dádiva do amor. A fé nesse ideal, cujas raízes se encontram no Iluminismo, determinou não só o engendramento de um desejo, que se manifesta sob a forma de um não a ordem constituída, mas também uma postura melancólica. Assim, o sofrimento se transforma em meio de gozo, dando lugar ao sentimento de culpa ou ao sacrifício heróico. A leitura de Viagens da minha terra, visa demonstrar o caráter paradigmático desse romance, na medida em que Almeida Garret ilustra todos os impasses do homem que acreditou e apostou nos ideais de sua época.

Nineteen century writers found out a strong and powerful feeling of guilty to keep trusting the myth of happiness, both as a political project or a gift of love. Faith on this ideal, who roots come from Iluminism, determine the building of desire, expressed by denying a stablished order, but also a melancholical position. Due to it, suffering turns into a way of having pleasure, also dealing with guilt and heroical posture. By reading the novel Viagens da minha terra, one can perceive it’s paradigmatic aspect since Garret listed and ilustrated all corners man, at his time, believed and was driven into.

Pubblicato

1999-12-31

Come citare

Eu te amo. Tu me amas. Nós sofremos e assim morremos de e por amor. (1999). Revista Do Centro De Estudos Portugueses, 19(25), 85-101. https://doi.org/10.17851/2359-0076.19.25.85-101