A representação da mulher na família burguesa oitocentista
uma análise do romance Rio do Esquecimento, de Isabel Rio Novo
DOI:
https://doi.org/10.17851/2359-0076.41.65.197-215Palavras-chave:
Família, Representação da mulher, Ficção portuguesa contemporânea, Isabel Rio NovoResumo
O presente artigo tem como principal objetivo analisar e compreender a família nuclear burguesa oitocentista e como a figura feminina é representada no romance Rio do Esquecimento (2016), da escritora portuguesa contemporânea Isabel Rio Novo. A obra se desenvolve em torno de diferentes núcleos familiares e, por isso, optamos por analisar somente a personagem Maria Adelaide, da família Clarange. Frisa-se que o aporte teórico de nossa pesquisa é baseado nos circunscritos de teóricos que elaboraram estudos contundentes sobre a sociedade burguesa, a família nuclear e a figura feminina no século XIX, como: Hobsbawm (1977), Andrade (2013), Vaquinhas (2004), Kehl (2008), entre outros. Como resultado averiguou-se que a obra evidencia uma sociedade na qual predomina o autoritarismo masculino e a submissão da figura feminina no seguimento às regras sociais impostas pela sociedade machista e patriarcal, deixando de viver suas próprias escolhas e, consequentemente, sua liberdade, para expressar seus sentimentos e suas vontades, além de evidenciar a sociedade burguesa e como ela era obcecada pela aparência e pelas regras morais que muitos bravejavam e defendiam com orgulho, mas que uma grande parcela não as praticava, tornando ainda mais evidente a hipocrisia social.
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Referências
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