NÃO É NINGUÉM, É O PROFESSOR!
SOBRE A FIGURA DOCENTE E O SEU OFÍCIO
Palavras-chave:
ofício docente, tecnicização do ensino, Hannah Arendt, filosofia da educação, psicanálise na educaçãoResumo
O presente artigo visa examinar de que modo os esforços empreendidos no sentido de se substituir a pessoalidade da ação docente pela tecnicidade impessoal de sua atividade afetam o professor e o ofício docente. O discurso de tecnicização do ensino, discurso estruturado em torno de uma pretendida completude, centralidade e autonomia da dimensão técnica e metodológica da educação, concebe a educação como uma atividade que prescinde da presença de um alguém, de um sujeito a quem se faz possível o usufruto de um lugar de ação e enunciação. O que resta ao ofício docente face aos esforços que visam reduzi-lo a uma atividade guiada pela lógica da produção fabril, marcada pela repetição automatizada de processos que independem da unicidade e pessoalidade daquele que a realiza? Estaria essa condição relacionada às queixas, adoecimentos, sentimentos de desvalorização e impotência frequentemente enunciados pelos professores? O exame desses questionamentos será feito à luz de uma fenomenologia das atividades humanas, tal como a concebe Hannah Arendt, e de escritos que buscam compreender a educação a partir dos aportes da psicanálise.
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