EDUCAÇÃO FÍSICA, FEMINILIDADES E UNIFORMES.
O CASO DO DEPARTAMENTO DE CULTURA FÍSICA (1929-1946) DA UNIVERSIDAD NACIONAL DE LA PLATA (ARGENTINA)
Palavras-chave:
Feminilidades, Educação Física, Uniformes, História, Universidad Nacional de La PlataResumo
Investigamos a construção das feminilidades a partir do uso de uniformes nas aulas de Educação Física. Para isso, nos baseamos no caso do Departamento de Cultura Física, instituição que existiu entre 1929 e 1946, da Universidade Nacional de La Plata (Buenos Aires, Argentina). Questionamos como e por que os uniformes de Educação Física contribuíram para generificar e sexualizar os corpos das alunas. Construímos três períodos a partir do estabelecimento obrigatório de uniformes femininos para as aulas de Ginástica: 1929-1934, 1935-1939 e 1940-1946. Esse uso deveu-se às decisões tomadas pelas autoridades do Colegio Secundario de Señoritas, que também implicavam diferentes formas de entender e ensinar o assunto. A partir de uma estratégia metodológica qualitativa, propomos a interpretação de um caso, abordando-o a partir das ferramentas advindas de uma perspectiva crítica de gênero e história visual. Utilizamos fontes escritas e visuais, além de entrevistas semiestruturadas com ex-alunos.
Consideramos que o que tem acontecido em termos de uso de uniformes, em relação à construção das feminilidades, envolve dimensões morais, estéticas, sexuais, materiais, eróticas e cinéticas. Concluímos que o que aconteceu com o ensino de Educação Física no Colégio Secundário de Señoritas, no que diz respeito à transmissão de feminilidades, e no que diz respeito ao uso de uniformes para as aulas, mostra uma tensão permanente na sociedade entre igualdade e desigualdade entre mulheres e homens , e não é de forma alguma um caminho linear que vai da desigualdade à igualdade ou menos desigualdade
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Educação em Revista
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado na Educação em Revista, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. Caso o autor seja o responsável pela remixagem e/ou adaptação, ele deverá enviar mensagem à editoria da Educação em Revista informando tal situação, com a comprovação da atribuição de crédito da publicação original.