TEORIA DA ATIVIDADE DE ESTUDO E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA REALÍSTICA

ARTICULAÇÃO E POSSIBILIDADES

Autores

  • Dayene Ferreira dos Santos Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" https://orcid.org/0000-0003-3310-7640
  • José Carlos Miguel Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
  • Gabriel dos Santos e Silva Universidade Estadual de Londrina

Palavras-chave:

Teoria da Atividade de Estudo, Educação Matemática Realística, Ensino de Matemática

Resumo

Este artigo resulta de uma revisão bibliográfica, cuja pesquisa é de natureza qualitativa e tem como objetivo verificar limites e possibilidades de uma articulação teórica entre a Teoria da Atividade de Estudo (TAE) e a corrente didática da Educação Matemática Realística (RME – sigla da expressão em inglês “Realistic Mathematics Education”). A Teoria da Atividade de Estudo tem origens na Teoria Histórico- Cultural de Vigotski, enquanto a Educação Matemática Realística é uma proposta do educador matemático Freudenthal. A teoria sobre a atividade de estudo conta com a fundamentação de pesquisadores como Davidov, Elkonin, Luria, Leontiev, Repkin, entre outros, desenvolvida nas escolas russas nos anos de 1960. Em um período próximo, surgiu a abordagem de Freudenthal a ser aplicada nas escolas holandesas. Ambos os grupos de pesquisadores (os de Vigostki e os de Freudenthal) preocupavam-se em compreender o processo de ensino e aprendizagem: os russos estavam focados no desenvolvimento do psiquismo humano, especificamente, da criança, ao passo que os educadores holandeses se voltavam para o ensino de Matemática nas escolas de níveis básicos. Os resultados da pesquisa indicam que há possibilidade de articulação entre essas abordagens, especialmente ao ensino da Matemática, uma vez que a TAE destaca a atividade humana como fonte para o desenvolvimento da humanidade e que o processo de ensino e aprendizagem precisa considerar a formação histórico-cultural do sujeito; Freudenthal considera a matemática como atividade humana e enfatiza a necessidade de se adotar práticas que valorizam a “redescoberta” de conceitos matemáticos por meio de regaste histórico e cultural.

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Biografia do Autor

Dayene Ferreira dos Santos, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Experiência na área de Educação Matemática, com ênfase em Ensino de Geometria. Licenciada em Matemática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (2017). Mestra em Ensino de Ciências pelo Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Matemática do Instituto de Matemática e Estatística da USP (2020). Estagiária na empresa Etapa Educacional LTDA (2015/2016). Professora voluntária do Cursinho Popular Carolina de Jesus (2015/2017), Capão Redondo. Docente na escola especializada em aulas particulares Assessoria Estudantil (2017). Educadora da disciplina de Projetos de Estágio - MAT1500 do curso de Licenciatura em Matemática na Universidade de São Paulo (2018/2019). Instrutora educacional na Escola Bilíngue De Xin (2019). Desenvolvedora de materiais didáticos em diversas editoras desde 2019. Professora colaboradora na Estratégia Concursos (2020). Professora de Matemática da Educação Básica na escola de Rede Decisão, Unidade União (2020 - atual). Professora Substituta no Departamento de Matemática - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo IFSP/SP (2020 - 2021). Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", campus Marília (2021 - atual).

José Carlos Miguel, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Livre-Docente em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2018); Doutorado em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999); Mestrado em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1993); e Graduado em Matemática - Licenciatura Plena - pelas Faculdades Integradas de Marília (1979). Atualmente é Professor Associado vinculado ao Depto. de Didática e ao Programa de Pós-graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências - FFC - UNESP - Campus de Marília . Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Matemática e Educação de Jovens e Adultos, atuando principalmente nos seguintes temas: metodologia de ensino, educação de jovens e adultos, formação de professores, educação matemática e currículos e programas. Coordena projetos de intervenção na realidade escolar, com ênfase na formação inicial e continuada de professores. Por fim, tem experiência como Chefe de Departamento de Ensino e Diretor Geral de Câmpus da UNESP, além de participação efetiva em diversos órgãos colegiados da referida instituição. Vinculado ao Grupo de Pesquisa sobre Formação de Educadores (GP FORME) e ao Grupo de Estudos e Pesquisa Sobre Educação de Jovens e Adultos (GEPEJA), ambos da UNESP.

Gabriel dos Santos e Silva, Universidade Estadual de Londrina

Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Paraná (IFPR) Campus Capanema, onde atua como coordenador do curso de Licenciatura em Matemática. Doutor em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Vice-coordenador do GEPEMA - Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Matemática e Avaliação. Foco de interesse em Educação Matemática e Avaliação da Aprendizagem Escolar.

Publicado

2024-10-11

Como Citar

dos Santos, D. F., Miguel, J. C., & dos Santos e Silva, G. (2024). TEORIA DA ATIVIDADE DE ESTUDO E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA REALÍSTICA: ARTICULAÇÃO E POSSIBILIDADES . Educação Em Revista, 40(40). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39763

Edição

Seção

Artigos