Notas para uma história do escotismo no Brasil: a "psicologia escoteira" e a teoria do caráter como pedagogia de civismo (1914- 1937)
Palavras-chave:
História da Psicologia, História da Educação, Escotismo, Estado NovoResumo
Esta pesquisa estuda a recepção do escotismo no país, tendo como ênfase a trajetória inicial desse movimento até ser introduzido no sistema escolar público, principalmente em São Paulo, constituindo uma particular teoria psicológica do caráter afirmada como pedagogia de civismo. Se na Inglaterra o escotismo foi organizado para lidar com o que se considerava a fraqueza no caráter de crianças e jovens e para mobilizá-los frente as insurreições anti- coloniais e diante da mobilização civil instituída com a Primeira Grande Guerra, no Brasil o escotismo era incentivado pela Liga de Defesa Nacional, e sua difusão esteve estreitamente associada ao sistema escolar público- republicano, que via no movimento um "método pedagógico" que representaria uma "escola primária de civismo", nos anos 20 e 30, em que discutia-se intensamente como "fortalecer a nação" e organizar o Estado. Esta concepção levaria o Estado Novo a adotar o escotismo como modelo para sua Juventude Brasileira.
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