APLICAÇÕES DA FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X NO ESTUDO DE MATERIAIS ARQUEOLÓGICOS

Autores

  • Cristiane Calza Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Jurema Godoy UERJ
  • Marcelino J. Anjos Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Ricardo T. Lopes Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Antonio Brancaglion Jr.
  • Sheila M. F. Mendonça de Souza Fundação Oswaldo Cruz
  • Tania A. Lima Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional

Palavras-chave:

Fluorescência de raios x, Pigmentos, Tangas de cerâmica marajoara, Calota craniana fossilizada

Resumo

A Fluorescência de Raios X é uma técnica espectroscópica bastante utilizada em arqueometria para investigar a composição de pigmentos (em manuscritos, pinturas), ligas metálicas, cerâmicas, etc. É uma técnica não-destrutiva que possibilita análises qualitativas e quantitativas multielementares com uma precisão próxima a 5%. Este trabalho relata três aplicações desta técnica em arqueometria desenvolvidas no Laboratório de Instrumentação Nuclear, COPPE/UFRJ. No primeiro caso, analisou-se uma calota craniana fossilizada de Lagoa Santa utilizando-se a técnica de Fluorescência de Raios X por Dispersão em Energia (EDXRF), além de testes estatísticos a fim de comprovar sua autenticidade. No segundo caso, analisou-se a composição de pigmentos utilizados em pinturas decorativas, na cartonagem do sarcófago de uma múmia egípcia, empregando-se a técnica de Microfluorescência de Raios X (µXRF). O último caso envolve o estudo realizado com tangas de cerâmica decorada da cultura Marajoara através de EDXRF.

Biografia do Autor

  • Cristiane Calza, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Possui graduação em Química pela Unicamp, mestrado, doutorado e pós-doutorado em Engenharia Nuclear pela COPPE/UFRJ. Tem experiência nas áreas de Química (com ênfase em Química Analítica) e Física Nuclear Aplicada. Trabalhou com Fluorescência de Raios X, Espectroscopia Raman, Difração de Raios X, Microscopia Eletrônica de Varredura e Radiografia Computadorizada aplicadas à arqueometria e tratamento de dados por estatística multivariada.

  • Marcelino J. Anjos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Possui graduação em Física pela Universidade Federal Fluminense (1985), mestrado em Engenharia Nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991) e doutorado em Engenharia Nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Engenharia Nuclear, com ênfase em Aplicações Industriais de Radioisótopos, atuando principalmente nos seguintes temas: Espectrometria de Raios X e radiação Gama, Fluorescência de raios X, Difração de raios X, Espalhamento Compton, Espalhamento Rayleigh, Aplicações de Radiação síncrotron na área Biomédica e Ambiental, Arqueometria.

  • Ricardo T. Lopes, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Possui graduação em FÍSICA pela Universidade Federal do Paraná (1976), mestrado em Engenharia Nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979) e doutorado em Engenharia Nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Engenharia Nuclear, com ênfase em Aplicações de Radioisótopos, atuando principalmente nos seguintes temas: tomografia computadorizada, fluorescência de raios X, difração de raios X e radiografia digital.

  • Antonio Brancaglion Jr.

    Possui graduação em Ciências Políticas e Sociais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1987), mestrado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1993), doutorado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1999) e pós-doutorado no Institut Française d'Archeologie Orientale du Caire (2008). Pesquisador visitante no Institut Française d'Archeologie Orientle du Caire. Membro do International Council of Museums (ICOM) e do International Comittee for Egyptology (CIPEG). Curador da Coleção Egípcia do Museu Nacional do Rio de Janeiro (UFRJ) Diretor do Laboratório de Egiptologia do Museu Nacional do Rio de Janeiro (Seshat). Coordenador do programa de pós graduação em arqueologia do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro 2011-2014 Tem experiência na área de Arqueologia, com ênfase em egiptologia, atuando principalmente nos seguintes temas: egito antigo, arqueologia egípcia, crenças funerárias egípcias, arte egípcia e mumificação, coleções egípcias no Brasil.

  • Sheila M. F. Mendonça de Souza, Fundação Oswaldo Cruz

    Possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1975), mestrado em Anatomia Humana pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991) e Doutorado Em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Publica (1995). Atualmente é pesquisador Titular III da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz onde vem orientando há mais de uma década. Conta com dezenas de publicações nacionais e estrangeiras sobre bioarqueologia. Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Anatomia normal e patológica, atuando principalmente nos seguintes temas: paleopatologia, brasil, paleoepidemiologia, arqueologia e pré-história.

  • Tania A. Lima, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional

    É graduada em Arqueologia pela UNESA (1979), especializada em Arqueologia pelo Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980), doutora em Ciências (Arqueologia) pela Universidade de São Paulo (1991) e tem pós-doutorado em História Social também pela Universidade de São Paulo (1993 - 1995). Atualmente é professora aposentada do Departamento de Antropologia do Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde continua colaborando voluntariamente com o Programa de Pós-Graduação em Arqueologia, do qual foi fundadora e coordenadora entre 2006 e 2012. Prossegue ministrando disciplinas e orientando dissertações e teses. Atua fundamentalmente na área de Arqueologia, com os seguintes focos: Arqueologia pré-histórica (pescadores/coletores litorâneos, ceramistas tupiguarani, arte rupestre), Arqueologia Histórica (arqueologia da diáspora africana e arqueologia do capitalismo), Teoria e Método em Arqueologia, e Políticas de Preservação do Patrimônio Arqueológico. Foi vice-presidente (1997-1999) e presidente (1999-2001) da Sociedade de Arqueologia Brasileira, e professora de cursos de pós-graduação em diferentes unidades da federação (SP, RS, SE, GO, BA, MG). É membro do conselho editorial de diversas revistas científicas no Brasil, América do Sul e Europa, consultora de agências nacionais e internacionais, membro de comissões e conselhos em universidades e órgãos governamentais. Recebeu, em 2006, a Comenda da Ordem do Mérito Cultural, concedida pelo Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Em 2016, recebeu o Prêmio Globo "Faz Diferença", na categoria "Rio".

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Publicado

2010-06-30

Edição

v. 1 n. 1 (2010)

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Artigos

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Como Citar

APLICAÇÕES DA FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X NO ESTUDO DE MATERIAIS ARQUEOLÓGICOS . (2010). Revista FÓRUM PATRIMÔNIO: Ambiente Construído E Patrimônio Sustentável, 1(1). https://periodicos.ufmg.br/index.php/forumpatrimo/article/view/33863

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