A restauração e as marcas do tempo

A historicidade no restauro de obras de arte da cultura popular

Autores

  • Sabrina Araujo Castro UFPI e UFDPar
  • Isa Marília de Oliveira UFPI E UFDPar

Palavras-chave:

restauração, Historicidade, Arte popular

Resumo

Os saberes e fazeres ligados à produção de objetos de arte da cultura popular são categorizados como patrimônio imaterial, pois representam aspectos culturais de um povo transmitidos de geração em geração. Por isso, nas intervenções de restauração desses objetos é importante que os aspectos imateriais sejam considerados, assim como, deve-se atentar para as marcas que os objetos podem ter adquirido no decorrer do tempo. Neste sentido, este artigo trata da consideração da historicidade no restauro de objetos de arte da cultura popular a partir do conceito de restauração de Cesare Brandi (2004), pois existiria um “não dito” nas obras de arte se caso uma intervenção de restauro não considerasse as marcas do tempo já que cada objeto tem a sua história. Fundamentou-se em citações contidas na Carta do Restauro de 1972 e no caderno de conservação e restauro de obras de arte popular brasileira (2008) para encontrar direcionamentos sobre as relações entre a historicidade dos objetos de arte da cultura popular brasileira e possíveis intervenções de restauro. Concluiu-se que destacar as marcas do tempo nas teorizações sobre restauração no atual Regime de Historicidade, conforme François Hartog (2006) cita as relações entre o tempo e o patrimônio, pode suscitar maiores reflexões para a promoção da salvaguarda de bens patrimoniais.

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Publicado

2018-12-28

Como Citar

Araujo Castro, S., & Oliveira, I. M. de. (2018). A restauração e as marcas do tempo: A historicidade no restauro de obras de arte da cultura popular . Revista FÓRUM PATRIMÔNIO: Ambiente Construído E Patrimônio Sustentável, 9(2). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/forumpatrimo/article/view/33897