NARRATIVAS HISTÓRICAS CONTADAS POR MORFOLOGIAS URBANAS ESPONTÂNEAS
Palavras-chave:
Urban imaginary, self-construction, city, Rio de JaneiroResumo
Os territórios autoconstruídos, na cidade do Rio de Janeiro, são historicamente percebidos por uma sobreposição de ausências estatais, como também muito culpabilizados pelas mazelas urbanas. Mazelas que ainda aparecem na mídia com um discurso que formou todo um imaginário social pautado na negação e rejeição de espaços favelados. Defende-se neste trabalho que as favelas podem ser percebidas através de outras questões - para além das ausências – por abrigarem diversas práticas culturais e sociais que ganham pouca importância na proposta homogeneizante neoliberal. A vivência social em morfologias urbanas de caráter orgânico, típico das favelas de encosta, se relacionam diretamente com a maneira que o território se consolidou, o que não é considerado pelos projetos urbanos que foram implementados nas últimas décadas. Não é possível tratar diferentes espaços urbanos baseados em uma única percepção, optou-se aqui por investigar o território da Favela do Salgueiro, onde há diversas festividades e práticas culturais que se relacionam com sua ocupação. Para que, através do entendimento das suas práticas e usos territoriais se possa compreender a peculiaridade do local, e então contribuir para projetos e políticas urbanas compatíveis com a realidade.
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