ARQUITETURA MODERNA NAS CIDADES COLONIAIS MINEIRAS

UM ANTAGONISMO?

Autores

  • Alba Bispo UFMG
  • Liziane Mangili UFSJ

Palavras-chave:

cidades coloniais mineiras, modernismo, patrimônio

Resumo

A função simbólica e política da produção da arquitetura moderna no Brasil permeou não apenas os grandes centros, mas disseminou-se pelos interiores do país. Nas cidades coloniais mineiras, tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, a implantação da arquitetura moderna refletiu o desejo de modernização dessas cidades, infligido por agentes locais e levado à cabo, algumas vezes, por expoentes da arquitetura moderna nacional, como Oscar Niemeyer. Com o mesmo intuito com que se colocava nas capitais – simbolizar um estado forte e em franco desenvolvimento – a arquitetura moderna foi levada às cidades coloniais mineiras quando as mesmas já eram consagradas como patrimônio nacional através do instrumento do tombamento. De fato, a constituição de um conjunto de retóricas de preservação e a consolidação do Movimento Moderno no Brasil estão intrinsecamente conectados, sendo que a inserção de exemplares do repertório moderno nas cidades do interior mineiro merece uma investigação aprofundada, sobretudo em relação ao processo de construção de uma identidade brasileira. Em suma, este artigo contribui para o debate sobre os desafios da preservação da arquitetura moderna nas cidades históricas do interior mineiro e suscita uma série de questões que perpassam por diferentes fatores: econômicos, técnicos, ideológicos e éticos.

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Publicado

2018-06-28

Como Citar

Bispo, A., & Mangili, L. (2018). ARQUITETURA MODERNA NAS CIDADES COLONIAIS MINEIRAS: UM ANTAGONISMO?. Revista FÓRUM PATRIMÔNIO: Ambiente Construído E Patrimônio Sustentável, 9(2). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/forumpatrimo/article/view/34081