A FORMULAÇÃO DE UM PROCESSO DE SALVAGUARDA PARA UM PATRIMÔNIO MUNDIAL

O CASO DO QHAPAQ ÑAN, SISTEMA VIÁRIO ANDINO

Autores

  • Mariana de Souza Rolim Universidade Anhembi Morumbi
  • Claudia Afanador Hernández Universidad de Nariño. Departamento de Ciencias Sociales

Palavras-chave:

Patrimônio Mundial, Patrimônio Cultural Imaterial, Qhapaq Ñan, Salvaguarda, Cooperação internacional

Resumo

Qhapaq Ñan, Sistema Viário Andino, entrou na Lista Representativa da Unesco de Patrimônio Mundial em 2014, na categoria Itinerário Cultural. O território tem uma rota de 6.000 km e uma rede de mais de 30.000 km de estradas, distribuídas em seis países (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru). A origem da malha viária tem mais de três mil anos, sendo que os incas, 150 anos antes da chegada dos europeus à América, melhoraram a rede de estradas com o objetivo de articular seu país, o Tahuantinsuyo. Tal articulação dura até hoje, com muitas das estradas ainda vivas graças ao conhecimento relacionado à caminhada.

O presente artigo apresenta parte da estratégia para salvaguarda do patrimônio cultural imaterial associado ao Qhapaq Ñan, Sistema Viário Andino, construída em oficinas internacionais realizadas entre 2017 e 2019. A dinâmica das oficinas permitiu o confronto das diferentes realidades de cada país, seja em termos de seu estado de conservação, seja das diferentes formas de gestão realizadas em cada um deles. O desafio foi buscar indicadores que permitissem uma comparação entre as diferentes políticas existentes, em uma ação de cooperação internacional para a preservação desse patrimônio mundial.

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Biografia do Autor

Mariana de Souza Rolim, Universidade Anhembi Morumbi

Arquiteta e urbanista, professora da Universidade Anhembi Morumbi, onde coordena o Laboratório de Pesquisa de Preservação do Patrimônio (Preserva); pesquisadora associada do Laboratório de Projetos e Políticas Públicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Doutora em Arquitetura e Urbanismo, com pesquisa na área de preservação de patrimônio cultural. Desde 2019 é membro do Icomos Brasil. Entre 2017 e 2019, como diretora do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, foi responsável pela gestão do patrimônio cultural paulistano. De 2008 a 2013, como superintendente executiva da Fundação Energia e Saneamento, foi responsável por projetos de tutela e valorização do patrimônio industrial relacionado a energia e água.

Claudia Afanador Hernández, Universidad de Nariño. Departamento de Ciencias Sociales

Antropóloga (Universidad de los Andes), mestre em Etno-Literatura (Universidad de Nariño), professora em tempo integral na Universidad de Nariño, Colômbia. Atua com destaque em projetos de Patrimônio cultural imaterial, com destaque para os seguintes projetos: “Festas do Santo Padroeiro com a presença de elementos de dança no Altiplano Nariñense”, com bolsa de pesquisa Francisco de Paula Santander, Colcultura, 1994. “Festas na Colômbia”, dentro do convênio Andrés Bello, Instituto Andino de Arte Popular, Quito, 2001. “Dossiê do Carnaval de Negros y Blancos” (PCI, 2009, UNESCO) e “Dossiê Qhapaq Ñan, Sistema Rodoviário Andino” (Patrimônio Mundial, 2014, UNESCO). Participa dos seguites projetos de extensão: Cátedra Carnaval, Cátedra Qhapaq Ñan e projeto pedagógico “Escolas Qhapaq Ñan”.

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Publicado

2020-12-28

Como Citar

Rolim, M. de S., & Afanador Hernández, C. (2020). A FORMULAÇÃO DE UM PROCESSO DE SALVAGUARDA PARA UM PATRIMÔNIO MUNDIAL: O CASO DO QHAPAQ ÑAN, SISTEMA VIÁRIO ANDINO. Revista FÓRUM PATRIMÔNIO: Ambiente Construído E Patrimônio Sustentável, 11(2). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/forumpatrimo/article/view/34098