Correlações entre chuvas e movimentos de massa no município de Belo Horizonte, MG

Autores

  • Maria Giovana Parizzi Universidade Federal de Minas Gerais
  • Cristiane Silva Sebastião URBEL – Cia. Urbanizadora de Belo Horizonte - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
  • Cláudia de Sanctis Viana URBEL – Cia. Urbanizadora de Belo Horizonte - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
  • Marcelo de Carvalho Pflueger URBEL – Cia. Urbanizadora de Belo Horizonte - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
  • Luciane de Castro Campos URBEL – Cia. Urbanizadora de Belo Horizonte - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
  • Joana Maria Drumond Cajazeiro
  • Rodolfo Sena Tomich
  • Roberta Nunes Guimarães
  • Magda Luzimar de Abreu Universidade Federal de Minas Gerais
  • Frederico Garcia Sobreira Universidade Federal de Ouro Preto https://orcid.org/0000-0002-8507-8573
  • Ruibran dos Reis CEMIG - Cia. Energética de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-549X..13296

Palavras-chave:

Chuva, Escorregamento, Correlação

Resumo

Este trabalho estabelece uma correlação entre taxas de precipitação e escorregamentos na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. A correlação foi desenvolvida durante dois períodos chuvosos, relativos aos anos de 2006/2007 e 2007/2008. Foram utilizados instrumentos do tipo pluviômetros automáticos, instalados em diferentes áreas de Belo Horizonte, caracterizadas por possuírem terrenos instáveis e susceptíveis aos processos de escorregamentos. Em Belo Horizonte predominam solos residuais de gnaisse, xistos, filitos e depósitos de tálus. Todos estes materiais são susceptíveis a escorregamentos porém a susceptibilidade varia entre eles. Os depósitos superficiais em contato com xistos e filitos são os mais susceptíveis, seguidos pelos filitos alterados e por último os solos residuais de gnaisse. As ocorrências de escorregamentos registradas nos períodos foram comparadas aos registros de pluviosidade, tanto o de chuvas acumuladas antes dos escorregamentos, quanto o de intensidade da chuva no dia do desencadeamento dos eventos. Numerosas ocorrências de escorregamento estão associadas, predominantemente, a eventos de chuva excepcional. Precipitações acumuladas por três dias acima de 100 mm já são desencadeadoras de escorregamentos, entretanto, todos os dias com mais de 6 ocorrências de processos também foram associados com intensa chuva diária (alta pluviosidade em poucas horas).

Biografia do Autor

  • Maria Giovana Parizzi, Universidade Federal de Minas Gerais
    Instituto de Geociências - IGC, Departamento de Geologia, Doutora.
  • Cristiane Silva Sebastião, URBEL – Cia. Urbanizadora de Belo Horizonte - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
    Mestranda UFOP.
  • Cláudia de Sanctis Viana, URBEL – Cia. Urbanizadora de Belo Horizonte - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
    Mestre DESA/UFMG.
  • Marcelo de Carvalho Pflueger, URBEL – Cia. Urbanizadora de Belo Horizonte - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
  • Luciane de Castro Campos, URBEL – Cia. Urbanizadora de Belo Horizonte - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
    Mestranda ETG/UFMG.
  • Joana Maria Drumond Cajazeiro,
    Mestranda, pós-graduação - Universidade Federal de Minas Gerais, Depto. de Geografia.
  • Rodolfo Sena Tomich,
    Bolsista de iniciação científica, graduação geologia – IGC/UFMG.
  • Roberta Nunes Guimarães,
    Bolsista de iniciação científica, graduação geologia – IGC/UFMG.
  • Magda Luzimar de Abreu, Universidade Federal de Minas Gerais
    Instituto de Geociências - IGC, Departamento de Geografia, Doutora.
  • Frederico Garcia Sobreira, Universidade Federal de Ouro Preto
    Departamento de Engenharia Ambiental, Doutor.
  • Ruibran dos Reis, CEMIG - Cia. Energética de Minas Gerais
    Doutor.

Referências

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Publicado

2010-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Correlações entre chuvas e movimentos de massa no município de Belo Horizonte, MG. (2010). Revista Geografias, 6(2), 49-68. https://doi.org/10.35699/2237-549X..13296

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