Gosto geográfico
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-549X..15376Palavras-chave:
gosto, Terra, geograficidadeResumo
O texto reflete uma escrita sobre o gosto compreendido pelo olhar geográfico. O fio condutor do entrelaçamento das ideias a serem expostas é o gosto; aqui ele se afirma no seu sentido metafórico em alguns momentos para mostrar uma Terra reconhecida como organismo vivo. Ele nos dá a condição de adentrarmos em nós mesmos e percebermos a nossa existência na Terra. Temos, hoje, uma Terra arranhada pelo gosto amargo da ambição, refletida nas doces e suaves ondulações da paisagem. No emaranhado das linhas que perpassam o gosto, são abordados com mais frequência os conceitos de sabor, Terra, paisagem e experiência, escolhidos para a ranhura desta escrita. Noguera, Serres, Agamben, Calvino e outros me acompanharam e orientaram durante o traçado do texto. Ao término, percebi que as palavras se juntam a outras para produzir o sentido que busco para a Terra, sempre acompanhada pela geograficidade dardeliana. Assim, recorro à poética para dizer que o caminho para uma Terra com gosto pode ser decifrado quando a pessoa humana saborear a sua pele – paisagem – e deixar a Terra ser Terra, viva.
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