A memória na Floresta

Autores

  • Maria Cristina Villefort Teixeira Escola de Arquitetura – UFMG

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-549X..24476

Palavras-chave:

Bairro Floresta, bairros pericentrais, memória, literatura

Resumo

As cidades contemporâneas passam por transformações, demandadas essencialmente por questões funcionais e de ocupação. Os bairros pericentrais, por sua localização e influência das atividades do centro, estão mais vulneráveis a essas transformações. O Bairro Floresta, em Belo Horizonte/MG, um dos mais antigos da capital mineira, vem apresentando tais particularidades na descaracterização da paisagem original, significativa na história da cidade. Como berço de vários escritores e poetas, são registradas na Floresta passagens desses intelectuais no bairro. Pretende-se, com este trabalho, retratar as potencialidades de um bairro pericentral e registrar as mudanças ocorridas na paisagem local, por meio da literatura, com ênfase nos poemas e romances dos autores moradores. Esses registros literários possibilitam que a memória do bairro permaneça viva para aqueles que vivenciaram a Floresta e os que habitam ou habitarão o lugar na busca da preservação do seu patrimônio.

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Publicado

2020-08-05

Como Citar

Teixeira, M. C. V. (2020). A memória na Floresta. Revista Geografias, 78–92. https://doi.org/10.35699/2237-549X.24476